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Rita Nóbrega, ativista política e candidata do Bloco de Esquerda à Assembleia da República, destaca a importância da representatividade dos portugueses no exterior
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Rita Nóbrega, candidata do Bloco de Esquerda à Assembleia da República pelo Círculo da Europa, concedeu uma entrevista ao LUSO Jornal das Comunidades. Nasceu e cresceu na Amadora, notando injustiças desde cedo, o que a levou a interessar-se pela política. Influenciada pela música de Sérgio Godinho, aderiu gradualmente à esquerda.
Desejando consolidar as suas ideias, ingressou no Bloco de Esquerda há alguns anos, principalmente influenciada pelas lutas contra a desigualdade de classes e pelos direitos dos trabalhadores. A sua entrada no partido foi motivada pela vontade de combater as injustiças e lutar por um mundo com mais igualdade.
Quanto à sua campanha no Círculo da Europa, Rita planeia concentrar-se em reforçar o bom funcionamento consular, garantir o ensino do português, eliminar as propinas que discriminam alunos portugueses de alunos estrangeiros, bem como proteger os direitos dos portugueses no exterior e garantir o acesso aos cuidados de saúde continuados, garantindo ao acesso ao médico de família. O seu objetivo é construir uma sociedade equitativa, onde todos contribuam e beneficiem de um Estado Social forte.
Sobre Saúde e Representação dos Portugueses no Exterior
Rita Nóbrega discute a situação dos cuidados de saúde para os portugueses que vivem no exterior. Critica as alterações recém-introduzidas que transformam os custos num encargo pessoal na maioria dos casos, com variações dependendo do país de residência. Argumenta ainda que essas mudanças afetam o acesso aos serviços de saúde e violam a Constituição e a Lei das Bases da Saúde, que garantem o acesso igualitário aos serviços de saúde para todos os cidadãos portugueses.
Quanto às expectativas para as eleições legislativas de 10 de março, Nóbrega espera que os deputados eleitos façam a diferença e garantam que os portugueses na Europa jamais sejam tratados como cidadãos de segunda classe. Ela observa que, com quase um milhão de eleitores no Círculo da Europa (o terceiro maior círculo nacional), a representatividade deveria ser maior. Além disso, Rita Nóbrega quer melhorar o acesso ao voto para os cidadãos portugueses no exterior, combatendo as falhas relatadas recentemente em vários consulados.
A candidata do Bloco de Esquerda também expressou a necessidade de uma representação mais eficaz e próxima dos eleitores no exterior, enfatizando que todos os deputados da Assembleia da República representam todos os cidadãos nacionais, independentemente de onde vivam. No entanto, ela admitiu que há uma proximidade maior e, consequentemente, uma responsabilidade acrescida para com os deputados eleitos pelos círculos externos.
com Margarida Marante
Tony Da Silva
João Pires
Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades
