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Temos necessidade de implementarmos políticas que visem o respeito pelos Direitos Humanos, a partir da análise de diversas estruturas de princípios, valores, atitudes, comportamentos, e a relação destes com a ciência, passando pelas faculdades humanistas do homem, seguindo da tradição grega.
Para o efeito, abordaria nesta minha breve reflexão o aspeto religioso na estrutura de paz, porque de facto, temos assistido ao longo dos séculos, a conflitos terríveis, alguns dos quais com base em fanatismos religiosos. Ora, como cristão que sou, penso que a minha religião tem, pelo contrário, dado, um contributo muito importante: não só para a paz; como também para o cumprimento dos Direitos Humanos, sejam estes de primeira, segunda ou terceira gerações, sem que isto signifique esquecer uma “Época Medieval”, que nem sempre teve os melhores momentos.
Apesar de tudo, a nível mundial: a Igreja Católica possui mais de 110 mil Instituições de Solidariedade Social, segundo um estudo de 1997, difundido na Televisão Portuguesa (SIC, Jornal da Tarde, 13/02/2000); por outro, lado é do conhecimento público, o papel decisivo desempenhado pela Igreja Católica Timorense, ao longo de 25 anos de luta de libertação do Povo Maubere, em que os mais altos dignitários da Igreja correram inequívocos riscos de vida, ao protegerem a população martirizada de Timor, com expressão relevante na atribuição do Prémio Nobel da Paz a um Bispo Católico, de língua Portuguesa: D. Carlos Ximenes Belo, a quem todos devemos prestar sincera homenagem.
Parece-me, mais que evidente, que caberá não só às ciências ditas positivas, mas, inevitavelmente, e por razões da complexidade humana, às ciências do espírito, conjugadas com a sabedoria filosófica, encontrar e implementar as soluções práticas para o cumprimento do dever de observância dos Direitos Humanos Universais, independentemente, embora respeitando-as, das tradições, usos, costumes, ideologias político-religiosas, e culturais de cada povo.
Haverá, certamente, valores e princípios universais que é necessário respeitar, em todo o mundo, para o que se postulam: atitudes de tolerância, de interculturalismo, de solidariedade e de fraternidade e, nesse sentido, cabe-nos, também, a nós filósofos, um papel de maior intervenção, consubstanciado no exercício das atividades docentes e na praxis quotidiana das diversas áreas das ações humanas: Políticas, Religiosas, Económicas, Profissionais, Culturais, Sociais e de Lazer.