Detidos estrangeiros envolvidos em esquema de emigração ilegal do Brasil para EUA



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(Lusa) - A Polícia brasileira prendeu hoje preventivamente, no Estado de São Paulo, três homens de nacionalidades argelina, sul-africana e iraniana, acusados de liderar um esquema de emigração ilegal para os Estados Unidos da América, passando pelo Brasil.

O inquérito teve início em julho de 2018, após cooperação policial internacional entre autoridades brasileiras e a agência norte-americana de imigração.

"Por meio de cooperação jurídica internacional e interceção telefónica e de ‘e-mails’, entre outras medidas investigativas, apurou-se que o grupo criminoso providenciava passaportes e/ou vistos brasileiros falsos em países da África Oriental, de onde partiam os migrantes ilegais com destino a São Paulo", refere a Polícia Federal no seu 'site'.

Segundo a mesma fonte, os migrantes, já em São Paulo eram recebidos pela organização criminosa, viam os seus passaportes retidos e permaneciam hospedados num hotel na região central.

“Depois, seguiam para Rio Branco, no Estado do Acre, de onde atravessavam a fronteira com o Peru, e prosseguiam por via terrestre (autocarro, barco e a pé) até à fronteira do México com os EUA", acrescenta a Polícia Federal, descrevendo o modo de operar do grupo.

Foram identificadas 72 pessoas que teriam sido levadas pelo grupo, segundo a Agência Brasil.

A polícia brasileira informa ainda que entre os emigrantes enviados ilegalmente para os EUA encontram-se dois somalis suspeitos de terrorismo e agora presos no país norte-americano, tendo permanecido alguns dias em São Paulo e no Acre antes de prosseguirem as suas viagens.

Os agentes da autoridade identificaram também que um dos membros da organização criminosa detinha nas suas redes sociais publicações de personagens e símbolos nazis.

"Os investigados responderão pelos crimes de contrabando de migrantes, qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes, por organização criminosa, falsificação de documentos públicos e divulgação de nazismo, com penas de três a oito anos de prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser descobertos ao longo da investigação", conclui a Polícia Federal.

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