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Mónica Vieira-Auer, portuguesa a viver na Alemanha, é a vencedora da segunda edição do Prémio Imprensa Nacional/Ferreira de Castro, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda em parceria com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
‘A Parte pelo Todo’ foi a obra a receber este ano o Prémio IN/Ferreira de Castro, dirigido a portugueses residentes no estrangeiro e a lusodescendentes que publiquem trabalhos inéditos de grande qualidade nos domínios da ficção, poesia e ensaio, informa o MNE num comunicado enviado ao ‘Mundo Português’.
A obra, do domínio da poesia, foi selecionada entre 15 candidaturas, de vários países, como Alemanha, Bélgica, Colômbia, França, Reino Unido, Estados Unidos da América e Canadá.
Tal como na primeira edição, o júri foi presidido pelo académico Carlos Reis e integrou igualmente a editora-chefe da Imprensa Nacional, Paula Mendes, e a professora universitária Fátima Marinho.
Sobre a obra escolhida, ‘A Parte pelo Todo’, o júri destacou a “representação de um universo pessoal com grande carga de autenticidade, temperada por uma certa contenção e, a espaços, por discretas notações irónicas; configuração de um ritmo poético formulado em versificação de alargada discursividade, episodicamente dotada de um certo impulso narrativo; desenvolvimento de uma imagística muito sugestiva, em sintonia com a evocação de vivências de um quotidiano investido de dimensão poética”.
Mónica Vieira-Auer nasceu em Silvalde, Espinho, onde frequentou a Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, assim como a Academia de Música de Espinho.
Em 1985 iniciou o curso de Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Estudos Portugueses e Alemães, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e, após terminar a licenciatura, foi professora de Português no ensino básico e secundário e tradutora numa firma alemã.
Reside na Alemanha desde 1992, tendo lecionado Português Língua Estrangeira em várias universidades da Baviera e em instituições de educação e formação de adultos.
Desde 2010 é docente de Português Língua Estrangeira na Universidade Friedrich-Alexander de Erlangen-Nuremberga.
Além dos cinco mil euros do valor pecuniário, Mónica Vieira-Auer deverá ver, no próximo ano, a publicação do seu trabalho pela editora pública portuguesa, Imprensa Nacional.
Instituído em 2019, o galardão visa reforçar os vínculos de pertença à língua e cultura portuguesas e, ao mesmo tempo, homenagear um dos grandes autores portugueses do século XX, José Maria Ferreira de Castro (1898-1974).
O Prémio Imprensa Nacional/Ferreira de Castro procura “difundir o património cultural e artístico expresso em língua portuguesa, produzido por portugueses e lusodescendentes, residentes no estrangeiro, promover a língua portuguesa, assim como prestar às comunidades portuguesas dispersas pelo mundo o justo reconhecimento pelas atividades diversas que desenvolvem nos seus países de acolhimento”, refere-se no seu regulamento.
A edição do ano passado distinguiu, em ex aequo, as obras ‘Não Viajarei por Nenhuma Espanha’, do lusodescendente Marcus Quiroga Pereira (1954-2020), e ‘Uma Casa no Mundo, de Irene Marques’, portuguesa a residir em Toronto, Canadá.
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