Uma Humanidade, Um Só Mar, seminário



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       As conquistas científicas (geográficas, neste caso) realizadas nos fins do século XV e início do século XVI, em que as “grandes conclusões” foram a da existência de um só mar, interligado por estreitos e cabos referenciados e, acima de tudo, a de um ser humano, de diferentes tonalidades de pele e de miríades de culturas diferenciadas, mas uno naquilo que é essencial, um ramo único no reino animal.

       Para este primeiro seminário, e para além dos temas desenvolvidos pelos nossos participantes, escolhemos alguns temas que nos parece importarem no momento actual e outros que dizem respeito à nossa cidade.

       Na História, os povos encontram-se e reencontram-se e, nesse sentido, escolhemos trechos do relato da viagem de Vasco da Gama, de Álvaro Velho (do Barreiro?), onde realça o carácter indagador e comercial do início da expansão, em que fomos os primeiros europeus a tomar contacto, por exemplo, com alguns povos da África subsariana e com os japoneses.

       A nossa cidade, onde casou D. João I, o 1° Rei da Dinastia de Avis, com D. Filipa de Lencastre, teve um papel importante no encontro com os novos mundos. Aqui nasceu o seu filho, o Infante D. Henrique, um dos estrategas de toda essa época de ouro, assim como, tudo o indica, nasceu Fernão de Magalhães, o homem que concebeu e realizou a primeira viagem completa à volta da Terra (1519/1522).

       Esse período de expansão iniciou-se muito antes, em 1415, com a conquista de Ceuta, em Marrocos. Nos estaleiros do Ouro, na margem do Douro, construíram-se dezenas das embarcações usadas nessa conquista e é conhecida a generosidade da região e do Porto no fornecimento em víveres dessa expedição, o que esteve na origem da nossa alcunha.

       Não podíamos deixar também de aduzir neste limitado espaço a intervenção político-poética do nosso Sá de Miranda que alertou à sua maneira para o outro lado da História, a desertificação e subalternização do país face ao “dinheiro fácil” das especiarias que concentrando na capital os proventos adquiridos, “o Reino nos despovoa”.

       Procuramos assim singelamente reler e redescobrir parcelas da colossal História da Expansão em ano de comemoração da circum-navegação de Fernão de Magalhães. Voltaremos para o ano, por mérito do tema e necessidade dos portugueses.

Amanhã, às 16 horas, pode seguir este Seminário (ver anexo) através desta ligação.

 

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