Covid-19: CDS defende encerramento de fronteiras como “única forma” de controlo



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


(Lusa) – O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu hoje o encerramento de fronteiras como “única forma” de controlar o avanço da pandemia de Covid-19, e pediu ao Governo para “agir de imediato e por antecipação”.

Num vídeo divulgado hoje, o líder dos centristas considerou que esta é uma “situação inédita e de extrema gravidade”, e um “momento de exceção” que “exige dos portugueses união, coragem e determinação” e dos governantes “uma liderança serena, uma voz de comando confiável, uma coordenação que não tenha medo de decidir, que faça o que é preciso e que atue por precaução”.

“As medidas adotadas pelo Governo, embora importantes, têm-se revelado brandas e insuficientes. É imperioso agir de imediato e por antecipação, em lugar de responder reativamente”, salientou.

Na ótica do CDS, “impõe-se ao Governo que saiba agir em vez de reagir”, pelo que o exorta a "agir de forma competente e implacável no combate ao Covid-19” e pede “medidas drásticas e urgentes”, porque “o que está em causa é a proteção das pessoas”.

“A entrada descontrolada de pessoas em território nacional é fator de propagação e contágio da doença, o encerramento de fronteiras é hoje evidente e a única forma de confinar a pandemia”, defendeu, acrescentando que o “regresso de nacionais a Portugal tem de estar sujeito a quarentena obrigatória”.

Francisco Rodrigues dos Santos falou também num “agravamento descontrolado” dos casos de contágio, para os quais o Serviço Nacional de Saúde “não está preparado”, e assinalou que “não chega limitar o ajuntamento de pessoas, é necessário garantir que o isolamento de cada um só é quebrado por razões imperiosas”.

Na mensagem, o presidente do CDS defendeu igualmente o “encerramento de todos os espaços públicos não essenciais” e a limitação de acessos aos serviços essenciais para que possam “funcionar em condições de segurança” e “preferencialmente em regime não presencial”.

Rodrigues dos Santos advogou que “as zonas geograficamente mais afetadas têm de ser isoladas e deve ser-lhes aplicado um plano de quarentena obrigatória”, e propôs que a organização dos hospitais seja “segmentada entre o combate à pandemia e as demais intervenções, com segregação absoluta de espaços e de recursos”.

A nível económico, o centrista notou que o desafio que a “frágil economia [portuguesa] enfrenta é enorme” e alertou que “a sua sobrevivência no médio prazo depende das medidas imediatas” que forem postas em prática.

Por isso, apelou a que seja posto em prática “um verdadeiro choque de tesouraria” para as pequenas e médias empresas, e a um financiamento “com a garantia pública da República Portuguesa a 100%”, notando que “as suas responsabilidade financeiras e fiscais têm de ser congeladas e o inevitável incumprimento a que estarão sujeitas não pode ser punido”.

“O inevitável acréscimo de despesa pública necessária ao combate à crise não pode ter qualquer efeito no cumprimento dos critérios de convergência orçamental impostos pela Europa”, vincou também.

O líder dos democratas-cristãos defendeu igualmente “uma rede de suporte e apoio a pessoas dependes e carenciadas”, com recurso ao “envolvimento imediato de todos os meios da administração interna, designadamente para distribuição de refeições, medicamentos e difusão de informação relevante”.

“O terceiro setor não pode continuar desamparado, ajudar os que ajudam a ajudar e garantir que as instituições de solidariedade chegam efetivamente a quem precisa é uma tarefa prioritária do Estado neste momento único”, acrescentou.

A nível judicial, pediu “a suspensão de todos os prazos legais, devendo o funcionamento dos tribunais restringir-se à defesa dos direitos, liberdades e garantias e risco iminente”.

O líder do CDS apelou ainda ao Governo que “tenha a coragem de agir o quanto antes, que atue com liderança e determinação, gerindo de forma criteriosa os recursos, orientando-os apenas para as tarefas essenciais do momento atual”, indicando que “é nos momentos de crise que a capacidade política” de quem governa “não pode falhar”.

“Amanhã lamentaremos profundamente tudo o que não tivermos sido capazes de fazer hoje”, alertou, notando que os centristas são “exigentes” porque não se podem “dar ao luxo de ser politicamente displicentes”.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos de infeção confirmados para 245, mais 76 do que os registados no sábado.

Luso.eu - Jornal das comunidades
Redacção
Author: RedacçãoEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.