Portugal perde milhões com atraso do aeroporto de Lisboa



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O Partido Volt Portugal vê com incredulidade a situação de pára-arranca do Aeroporto de Lisboa. A decisão do governo em começar a construção de um aeroporto no Montijo para retirar trânsito ao aeroporto da Portela, e de seguida passar à construção de um aeroporto em Alcochete é, no mínimo, redundante, e aparentemente controversa dentro do próprio governo.

A recém eleita co-presidente do partido Volt, Ana Carvalho, afirma: “Os portugueses assistem agora a uma crise política a alastrar-se num governo com maioria, naquele que é um acontecimento dos mais caricatos na política portuguesa. O atraso no processo de decisão tem enormes custos para Portugal que derivam da incapacidade de chegar a um consenso entre PS e PSD sobre um investimento altamente estratégico para o país nos próximos 50 anos”. O co-presidente Duarte Costa acrescenta que “o país já investiu cerca de 70 milhões de euros em estudos sobre todas as opções em cima da mesa. Estamos perante uma incapacidade e irresponsabilidade dos dois principais partidos em tomarem uma decisão baseada em evidências. Os portugueses necessitam que António Costa e Luís Montenegro deixem as habituais lutas partidárias de lado desta questão e foquem-se no interesse nacional. Portugal está a perder milhões de euros em fluxos de investimento e turismo por cada ano em que Lisboa continua com uma capacidade aeroportuária aquém da sua procura.”

Susana Carneiro, membro da Comissão Política Nacional do Volt Portugal e residente no Distrito de Setúbal defende, em linha com o partido, que “os estudos foram claros: para além de que Alcochete tem um muito menor impacto ambientalapenas Alcochete permite construir 4 pistas paralelas e dotar o País de um aeroporto transcontinental que vai desencravar a posição geográfica periférica de Portugal no longo prazo.” O Aeroporto em Alcochete vai também ser útil à Europa e conjuntamente com Barajas em Madrid aproximar o espaço Atlântico Norte e Sul da Europa.

O Volt Portugal defende ainda que num contexto de descarbonização da economia portuguesa, é fundamental reduzir a procura pelo transporte aéreodotando o país de uma rede ferroviária de alta velocidade com ligações rápidas a Espanha e à Europa que possa ser, como no resto do continente, uma alternativa a apanhar um avião. Para além disso, uma solução que deve ser considerada, como já feito em França, Áustria e Suécia, é a eliminação de voos domésticos continentais nas rotas Lisboa-Faro-Lisboa e Lisboa-Porto-Lisboa. Segundo especialistas do setor do turismo e aviação, estas rotas servem sobretudo para conectar passageiros do Norte e Algarve a voos internacionais em Lisboa. Esta eliminação poderia libertar 12 pares de slots em Lisboa e também criar oportunidades de novas rotas diretas do Porto e Faro.

Ana Carvalho e Duarte Costa foram eleitos no passado fim-de-semana, assumindo uma liderança enquanto Co-Presidentes do Volt Portugal, aproximando assim a estrutura da secção nacional do Volt à do Volt Europa. São membros integrantes desta nova Comissão Política Nacional Yannick Schade (Secretário-Geral), André Eira (Tesoureiro) e os vogais Cátia Geraldes, Inês Reis dos Santos, Pedro Malheiro, Ralf Madernach, Silke Jellen, Susana Carneiro, Tânia Girão, Tiago Silva e Vítor Moreira, apresentando assim a primeira Comissão Política Nacional paritária em género.

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