Ucrânia: Estados Unidos anunciam novas sanções contra oligarcas russos



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A Administração Biden anunciou hoje novas sanções contra oligarcas russos e outros do círculo próximo do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, enquanto as forças russas continuam a atacar a Ucrânia.

Os alvos das novas sanções incluem o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, e Alisher Burhanovich Usmanov, um dos homens mais ricos da Rússia e aliado próximo de Putin.

O Departamento de Estados dos Estados Unidos também informou imposição de proibições de visto a 19 oligarcas russos e dezenas de familiares e associados próximos.

“Essas pessoas e os seus familiares vão ser cortados do sistema financeiro dos Estados Unidos; os seus bens nos Estados Unidos vão ser congelados e as suas propriedades bloqueadas para utilização”, adiantou a Casa Branca, anunciando as novas sanções.

Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram que iam impor sanções económicas ao Presidente russo, Vladimir Putin, e ao ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em retaliação pela invasão da Ucrânia.

"Os Estados Unidos unir-se-ão (à União Europeia) para sancionar Putin, o ministro das Relações Exteriores Lavrov e o resto da equipa de segurança russa", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, no seu briefing diário.

As sanções de Washington surgiram após a União Europeia ter anunciado hoje o congelamento de ativos financeiros de Putin e Lavrov no território europeu.

De acordo com a porta-voz da Casa Branca, a opção de sancionar Putin estava “em cima da mesa” há algum tempo e, nas últimas 24 horas, o Presidente dos EUA, Joe Biden, tomou a decisão final após conversas com os seus aliados europeus.

As sanções contra Putin e Lavrov incluem uma proibição de viajar para os Estados Unidos, disse Psaki, insistindo em várias ocasiões que os detalhes dessa punição serão revelados posteriormente.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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