Ordem promete atuar caso haja médicos a permitir escalas de urgência abaixo dos mínimos



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(Lusa) – A Ordem dos Médicos (OM) acredita que nenhum diretor clínico de um hospital permitirá escalas de serviço de urgência sem o número de profissionais mínimo para a segurança dos doentes, mas promete atuar caso isso aconteça.

Em resposta a um apelo do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o bastonário da OM, Miguel Guimarães, afirma “não querer acreditar que qualquer diretor clínico aceite equipas nos serviços de urgência que não cumpram os mínimos para garantir a segurança”.

“Se isso acontecer, é grave. Mas quero acreditar que os diretores clínicos não estarão a validar equipas que não cumprem as regras mínimas de segurança”, disse Miguel Guimarães à agência Lusa.

O bastonário da OM adianta que vai averiguar se há casos concretos em que as regras não estão a ser cumpridas, com o aval dos responsáveis médicos.

“Se existir matéria que ultrapasse as regras que devem ser cumpridas, a Ordem terá de atuar”, declarou.

O Sindicato Independente dos Médicos pediu à Ordem dos Médicos para avaliar disciplinarmente os responsáveis clínicos dos hospitais que elaboram escalas de urgências sem o número adequado de profissionais.

Numa carta enviada ao bastonário da OM, e a que a agência Lusa teve acesso, o sindicato pede uma intervenção em relação aos responsáveis clínicos que elaboram escalas para as urgências sem as condições adequadas de segurança clínica.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha, sugere ao bastonário que coloque a questão aos conselhos disciplinares da OM, organismos com responsabilidade de avaliar disciplinarmente os médicos e de abrir processos.

Roque da Cunha adiantou ainda que na próxima semana o próprio SIM deverá apresentar à Ordem nomes de responsáveis médicos que estão a permitir ou a elaborar "escalas de urgência ilegais", por não terem os números mínimos estabelecidos pela própria OM.

Na carta enviada ao bastonário, o sindicato dá o exemplo dos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia de alguns hospitais da zona de Lisboa, como o Centro Hospitalar Lisboa Norte ou o Fernando da Fonseca (Amadora Sintra) como casos críticos.

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