Ucrânia: Putin assegura que invasão decorre "de acordo com o planeado"



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O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje que a operação militar na Ucrânia está a decorrer "de acordo com o planeado", insistindo que a Rússia está a combater "neo-nazis" e que russos e ucranianos são "um só povo".

"A operação militar especial está a avançar estritamente de acordo com o cronograma, de acordo com o planeado", disse Putin numa declaração à televisão estatal russa, no oitavo dia da invasão da Ucrânia e após uma reunião do seu Conselho de Segurança.

Putin elogiou a "coragem" dos soldados russos que descreveu como "verdadeiros heróis" e assegurou que "estão a lutar firmemente com um pleno entendimento da justeza da sua causa".

"Não vou desistir da crença de que russos e ucranianos são um só povo", assegurou o Presidente russo, que aproveitou para anunciar uma compensação financeira para os soldados russos mortos ou feridos na Ucrânia, destacados no teatro de operações.

Na quarta-feira, a Rússia disse que 498 soldados russos foram mortos e 1.597 outros ficaram feridos.

Putin elogiou a "preciosa luta contra neonazis" e "mercenários estrangeiros", acusando Kiev de estar a usar civis como "escudos humanos" e estudantes estrangeiros como “reféns”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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