Covid-19: Câmara de Melgaço mantém cordão sanitário em Parada do Monte



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(Lusa) - O presidente da Câmara de Melgaço disse hoje à Lusa que o cordão sanitário em Parada do Monte vai manter-se até quarta-feira, dia em que "voltará a ser reavaliada a situação da aldeia com seis pessoas com covid-19".

Contactado hoje de manhã, o autarca socialista Manoel Batista adiantou que a decisão de manter o cerco sanitário na aldeia com 370 habitantes "foi tomada hoje de manhã e que será reavaliada na quarta-feira, data em que se cumprem os 14 dias de quarentena".

Manoel Batista acrescentou que, na terça-feira, "o Exército irá proceder à desinfeção das instalações do centro de saúde" daquela vila, situada no distrito de Viana do Castelo.

"Estamos à espera dos resultados dos testes feitos a 22 profissionais do centro de saúde, que estão a aguardar em casa. Esses resultados são importantes para percebermos como está a situação no centro de saúde que atualmente está a funcionar com sete profissionais", especificou.

Na sexta-feira, a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) comunicou o encerramento temporário da Área Dedicada à Covid (ADC) no centro de saúde de Melgaço, o que foi criticado pelo presidente da Câmara que defende o fecho total.

Em comunicado enviado às redações, a administração da ULSAM informou que "a ADC no Centro de Saúde de Melgaço foi temporariamente encerrada" naquele dia e que, "em alternativa, os utentes devem dirigir-se à ADC do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Monção, a funcionar 24 horas por dia, ou à ADC do centro de saúde de Valença, em funcionamento das 00:08 às 20:00".

Após o anúncio, pela ULSAM, o autarca socialista Manoel Batista condenou "a decisão de encerrar apenas a unidade de covid-19, mantendo em funcionamento o restante apoio do centro de saúde".

"Temos cinco profissionais do centro de saúde infetados e temos 22 que fizeram testes na quarta e quinta-feira, por apresentarem sintomatologia leve e que estão em casa a aguardar os resultados. Por isso é que o centro de saúde só pode funcionar em parte, tendo sido retirada a resposta da covid-19. Dos perto de 40 funcionários do centro de saúde, apenas sete estão ao serviço", explicou na altura.

Manoel Batista adiantou que "nunca exigiu que o centro de saúde fosse encerrado, mas que se fechasse temporariamente a unidade para que pudesse ser feita uma desinfeção".

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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