Arrifana um filme histórico sobre as invasões francesas



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Chama-se “O Massacre” e será exibido já em Dezembro, em local ainda a definir, inserindo-se na programação do projecto de descentralização cultural “Artes em Itinerância”, do Município de Santa Maria da Feira.

Futuramente será utilizado também a nível didáctico, nas escolas do concelho.

Com produção da Scape Produção de Vídeo Documental e direcção artística de Carlos Reis, as filmagens decorrem a bom ritmo, na casa senhorial da Família Amorim, no Largo da Guerra Peninsular, em Arrifana, com cenários da época e a participação de habitantes da vila, entre os quais alguns elementos da própria Família Amorim.

Miúdos e graúdos dão, assim, vida a um importante período da história de Portugal, de Santa Maria da Feira e de Arrifana, retratando as Invasões Francesas e o massacre dos Arrifanenses pelas tropas de Napoleão, na madrugada de 17 de abril de 1809. Com esta iniciativa da câmara da Feira, que conta com o envolvimento activo da Junta de Freguesia de Arrifana, pretende-se deixar um legado aos Arrifanenses e Feirenses, principalmente às gerações vindouras, como um marco histórico e cultural, enfatizando as raízes ancestrais dos seus antepassados.

Trata-se de um projecto apoiado / financiado no âmbito da candidatura ao Norte 2020 “Santa Maria da Feira, Lugar do Tempo”.

Tanto o anterior presidente da Junta de Freguesia de Arrifana, Delfim Silva, como o recém-eleito, Ricardo Leite de Oliveira, conversaram comigo  sobre uma estratégia para ajudar a colocar Arrifana ‘no mapa’. E nesse sentido, estou já a elaborar alguns projectos culturais, para análise e aprovação da Junta, bem como, superiormente, da Câmara Municipal.

Aliás, a rodagem do filme na casa senhorial que era dos meus avós paternos, no Largo da Guerra Peninsular, é apenas o início dessa parceria.

O “Massacre” é uma iniciativa de louvar, que coloca num filme a memória colectiva de toda uma localidade. Arrifana foi particularmente fustigada pelas tropas napoleónicas e essas cicatrizes ainda perduram.

O documentário abrange, pois, essa temática tão dolorosa, mas também relembra a coragem de toda uma população, que apesar de indefesa, utilizou tácticas de guerrilha para combater um exército numeroso, fortemente armado e muito bem treinado.

Além do mais, o facto de muitos habitantes de Arrifana, incluindo crianças do Jardim de Infância de Manhouce, enquadradas pela educadora Margarida e a auxiliar Carla, integrarem o elenco, é sinal do enorme potencial que existe para motivar os Arrifanenses a participarem mais activamente nas atividades da sua vila.

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Tony Da Silva
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