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A Guerra na Ucrânia veio introduzir novo factor de instabilidade nos mercados financeiros, depois da crise pandémica.
A evolução do conflito no leste da Europa continuou a marcar a evolução das bolsas em Fevereiro, apesar do cancelamento ao assalto à resistência em Mariupol, conforme declaração recente de Putin.
. A maioria dos fundos de acções sofreram quedas, apesar de menos acentuadas comparadas com o mês anterior. Os investidores têm conseguido gerir de forma equilibrada os seus investimentos financeiros, sobretudo nos fundos de acções.
Não sabendo ainda quanto tempo mais irá durar esta guerra e mesmo que a guerra continue neste impasse, que parece ser o cenário mais provável, as sanções movidas pelo Ocidente à Rússia parecem continuar a aumentar.
A proibição da importação do petróleo russo e as restrições impostas à importação de gás russo, embora neste último, a dependência do Ocidente seja maior, daí a dificuldade em suspender de imediato a importação do gás. Logo aqui se apresenta uma oportunidade para as empresas americanas se poderem substituir à Rússia no fornecimento energético à Europa.
Apesar do sector energético ser o último a sofrer as consequências das sanções devido à dependência do Ocidente, os mercados já estão a antecipar e a fazer reflectir no mercado bolsista essa possibilidade, comprovado pela subida desenfreada dos preços do petróleo e do gás.
A exclusão da Rússia do sistema financeiro global, como é o caso dos pagamentos e transferências de e para a Rússia também já coloca, por si só, entraves ao comércio com a Rússia, incluindo no sector energético.
Uma das saídas parece ser a subida dos juros para segurar os preços. Esta poderá ser uma boa notícia para quem tem depósitos a prazo com taxa zero.
Para quem tiver um perfil de investidor mais agressivo, isto é, com maior tolerância ao risco, este pode ser um momento para diversificar a carteira de investimentos.
Convém lembrar que é nos momentos de crise que podem surgir boas oportunidades de investimento. De acordo com a CNN Brasil, as empresas que estão a ganhar com a guerra estão ligadas aos sectores da siderurgia e metalurgia, químicos, agro-pecuária, mineração, petróleo, gás e biocombustíveis, também conhecidas por commodities.
Mas também o sector do armamento bélico está em franco crescimento.
Os sectores que mais perdem com a guerra na Ucrânia estão relacionados com os transportes, automóveis e motocicletas, e construção civil.
De acordo com a BBC Internacional, continua a aumentar o número de empresas multinacionais que abandonam a Rússia. Há trinta anos atrás, as empresas lutavam entre si para entrar na Rússia, após a abertura ao Ocidente, agora é o processo inverso.
Mesmo num cenário adverso como este, é oportunidade de investimento para os mais informados.
21-04-2022
O autor produziu este artigo, da sua responsabilidade, para os leitores do jornal online LUSO.EU. Escreve de acordo com as regras ortográficas anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.
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