COMPETÊNCIA CÍVICA



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Toda e qualquer intervenção pessoal, institucional, empresarial, política, religiosa associativa e coletiva, deve pressupor, sempre, determinados requisitos, destacando-se, para o presente trabalho, a competência na aplicação da Ética, no envolvimento cívico de cada pessoa, na respetiva sociedade em que se integra.

Descrita a questão por outras palavras, significa que tal envolvimento postula valores de cidadania, compromissos cívico-político-institucionais, mas também todos os outros, que em cada momento, o homem, por força dos vários papeis que vai desempenhando, tem o dever de assumir, sempre a partir dos deveres e dos direitos, nos limites, estabelecidos pela Ética.

A cidadania não impõe, apenas, cumprir deveres e exercer direitos, por quaisquer processos, sem regras, sem métodos e sem valores. Realizar e viver numa comunidade cidadã, requer dos indivíduos e das organizações competência, considerando que a sociedade há-de constituir-se, compativelmente, com a superior dignidade da condição humana, impondo-se como grande desígnio universal: a abolição total, e imediata, de todo e qualquer tipo de discriminação, simultaneamente com a moderação dos interesses individuais, quando colidem com os interesses coletivos; da redistribuição dos privilégios de alguns, pelo todo que integra a sociedade; enfim, da aplicação ética da riqueza, da justiça, da educação, da saúde, do trabalho e de todos os recursos naturais e produzidos pelo ser humano, bem como daqueles que a natureza oferece ao homem: seja empresário ou trabalhador, dirigente ou subalterno; qualquer que seja a etnia, a religião, a nacionalidade do cidadão.

As nações, os povos e os indivíduos tendem, naturalmente, para a liberdade, entendida esta em todos os sentidos e situações da vida humana, concretamente, quanto às liberdades: cívica, política, religiosa, educativa, laboral, intelectual, filosófica e tantas outras formas, nas múltiplas dimensões humanas.

Mas a liberdade a qualquer preço, exercida sem regras, sem limites e sem responsabilidade, termina na ditadura, de uns sobre os outros. Deseja-se, então, uma liberdade democrática, no conceito mais nobre que a democracia pode comportar, do tipo: “um por todos e todos por um”, ou ainda no seu sentido político, igualmente sublime, como sendo o “governo do povo, pelo povo, com o povo e para o povo”, porém, dentro dos limites, dos valores e princípios da cidadania.

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Diamantino Bártolo
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