Escândalo do 24 ao 31



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Se há período do ano onde se concentram mais emoções, esperanças e desejos, é este que vivemos agora. São 168 horas, de 24 a 31 de dezembro, que correspondem apenas a quase 2% do total do ano de 2022, são vividos intensamente. De ano para ano há sempre motivos para o afirmar, quer pela renovação de desejos, quer pelo desenrolar da história à qual não é possível fugir, evitar ou esquecer.

Este ano também é de escândalos como o exemplo da eurodeputada Eva Kaili tendo sido presa e acusada de corrupção em dezembro de 2022, causando indignação o seu mau exemplo. Os escândalos de corrupção a nível nacional e europeu, os problemas de conflitos de interesse e o uso indevido de dinheiros públicos levam ao descrédito das instituições e dos políticos, causando desvalorização da boa conduta ética e contribuindo para abrir espaço a polémicas e alimentar a impunidade. 

As agressões de Putin provocaram um efeito agregador no Ocidente e do escândalo mais recente de Alexandra Reis com um pedido inicial de indemnização à TAP no valor de 1,47 milhões de euros, são outros exemplos. Mas vamos a um pequeno resumo, lembrando que Alexandra Reis, em fevereiro, saiu da TAP e, em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV). Depois tomou posse para o cargo de secretária de Estado do Tesouro e demitiu-se 25 dias depois. Bastaram 4 dias para ditar a sua demissão do último cargo, após a polémica instaurada sobre a sua colossal indemnização, ainda que reduzida a 500 milhões, após a sua saída da TAP.

Mas o intervalo entre o 24 e o 31 de dezembro de cada ano, é marcado por uma espécie de correria para que tudo termine bem e o ano novo comece melhor. Fazem-se votos para expulsar todas as coisas más e pedir para que entre pela janela o melhor do mundo.

Depois de fechadas as celebrações do Natal, onde se trocaram presentes, se comemorou o Natal em família em casa ou no hotel ao lado de estrangeiros, passamos toda a atenção para a passagem de ano.

É o culminar de um ano onde pela primeira vez, se desfrutou de alguma liberdade depois de dois anos de clausura da pandemia. Talvez isso já pertença ao passado e pouca gente se lembre, mas sim, estivemos fechados durante 2 anos. 

Falta o desenlace do escândalo desta guerra que parece não ter fim, porque ninguém quer perder. Putin já fala em "diálogos de paz”, embora impondo todas as exigências russas e mantendo os territórios anexados. Exige o reconhecimento da anexação russa da Crimeia e a soberania das regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano. O povo ucraniano não está disposto a ceder a esse pecado e vai lutar pelo seu país. Será que pode haver uma saída sem vencedores nem vencidos? Esta guerra é um erro.

O cessar da guerra, são os meus votos para a primavera de 2023. Que renasça o amor à pátria, que os ucranianos possam regressar ao seu país, como é o desejo da maioria e que a Ucrânia se possa reconstruir rapidamente com a participação de todos.



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Joao Pires
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