Caminha: 3º maior plano com 25 milhões de euros



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


O executivo socialista liderado por Miguel Alves na câmara municipal de Caminha aprovou um plano de actividades para o ano de 2022 com um valor de 25 milhões de euros, plano que mereceu um voto desfavorável dos vereadores sociais democratas. Entretanto, hoje o plano também vai estar na ordem da assembleia municipal extraordinária.

A “grande aposta do documento previsional para o ano de 2022 continua a ser o combate aos efeitos sanitários, económicos e sociais da pandemia, havendo algumas novidades que reforçam a atenção a dar às freguesias, associações desportivas e famílias com dificuldades económicas”.

Segundo salienta a autarquia as transferências para as juntas de freguesia “subirão 20% e serão pagas, antecipadamente, nos primeiros meses do ano”, sustenta uma nota.

Ainda o destaque no documento de um milhão de euros previsto para a reabilitação e construção de habitações, dando corpo à Estratégia Local de Habitação (ELH) aprovada em setembro último”.

Os vereadores do PSD votaram contra este plano de actividades do executivo e consideram que “as prioridades ficam-se pelas festas e festinhas e pagamentos para dar palco nas televisões nacionais ao presidente e vice presidente”. E, ainda, sublinham que dos “6 milhões de euros que a Câmara vai tirar do bolso dos munícipes, através dos impostos diretos ( ex: IMI e IRS), só 131 mil euros é que estão destinados às famílias. Usa mais de 1 milhão de euros para festas, e destina às freguesias pouco mais de 250 mil euros”.

Os vereadores sociais democratas consideram que o concelho “precisa sim de investimento forte na área do empreendedorismo e apoio à captação de empresas para o nosso concelho. As famílias precisam de apoio concreto e as freguesias precisam de mais verbas para servirem os seus fregueses. Todos os concelhos cresceram nos últimos anos em termos de desenvolvimento geral e criação de postos de trabalho com indústria, à exceção de Caminha que se ficou pela proliferação de hipermercados”.

Relativamente ao investimento na recuperação/construção de habitação social estes vereadores referem que “não há uma única explicação no documento. E não há porque eles próprios ainda não sabem o que vão fazer. Caiu-lhes o dinheiro, mas não têm ainda planeamento para efetivarem a estratégia local de habitação ao contrário de todos os outros municípios que já têm tudo delineado e estrategicamente pensado”.

Em nota estes vereadores ainda apontaram o dedo e sublinharam que “o documento não apresenta análise do "Cumprimento equilíbrio orçamental" , segundo obriga o n.º2, art.40 da lei 73/2013. Ou seja,  não está dentro da legalidade. O orçamento das receitas, na rubrica 02-imp. indiretos tem que passar para rubrica 04-taxas, multas, out. Penalidades, conforme orientações patentes na nota informativa DGAL de 12/2019. Aliás, já obriga reclassificação desde 01/01/2020 e não o fizeram”.

Mais um apontamento de falta de rigor deste orçamento e falta de conhecimento das orientações a serem seguidas para a elaboração do orçamento.

Luso.eu - Jornal das comunidades
Isabel Varela
Author: Isabel VarelaEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.