NADA SERÁ COMO DANTES Face ao virulento inimigo; com nome, mas sem rosto, nem voz!



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"Façamos da interrupção um caminho novo.

Da queda um passo de dança, do medo uma escada,

do sonho uma ponte, da procura um encontro"

 Veio de longe e propagou-se com facilidade; invadiu, paulatinamente, o espaço e a vida de cada ser humano! É contagioso e pode provocar a morte. A epidemia, depressa se transformou numa incontrolável pandemia colocando, a própria Humanidade de joelhos, vergada ao medo, sujeita a implementar acções, nunca dantes imaginadas. Impensável observar o mundo vergado ao invisível, suspenso num pavor e fragilidade, impressionantes! Onde a própria liberdade está limitada, atingida em profundidade obrigando aos mais complexos desígnios, decisões e procedimentos.

Este cenário surrealista, esta imposição, esta força misteriosa tem a sua fonte e origem! E já muito se especula sobre isso. Pulula por toda a parte, a contra-informação, o sensacionalismo e o patético; não faltam os prevaricadores e oportunistas! Também se tem o desplante de culpabilizar uma qualquer divindade; será castigo, punição olímpica, justiça dos céus! E ousam meter o Criador ao barulho, de modo acusativo, por um lado e de suplica, por outro; só se lembram de Santa Barbara, quando troveja! Certo mesmo é que esta, como outra qualquer doença contagiosa tem a sua génese, a sua forma de se desenvolver e de se expandir. Existem variadas explicações, por peritos e por ou analistas. Os comentadores, também se atrapalham nas estimativas; rapidamente  se instala a confusão! Convenhamos que a conduta da hodierna sociedade, não tem sido exemplar; os erros sucedem-se, as tropelias ferem de morte o próprio sistema terrestre, na sua diversidade biológica! O desastre ambiental é uma das grande indicações de que devemos arrepiar algum caminho, na estonteante correria e defesa da economia, em contraponto com o factor social e ambiental. A  propalada globalização proporcionou acelerado crescimento económico, mas esqueceu o dom de enaltecer e valorizar, o factor social e humanista. É porventura, o principal desafio que se deve colocar, logo após este arriscado confronto, com o violento inimigo, sem cheiro, nem rosto, mas com voz de guerreiro mortífero! Grandes chefes de Estado falam de "guerra biológica" e com razão, que vai ser combatida e por isso vencida! Que o seja de facto. Pensemos noutras guerras; a da tecnologia e da logística, a da energia e da genética e sobretudo aquela que define, os direitos e a justiça social; o mundo está em guerra e já nada será como dantes!

Agora é urgente seguir, num rigoroso cumprimento, as regras, que são de emergência e por isso graves; cabe a cada assumir a sua quota parte de responsabilidade! Devemos pensar e agradecer, por todos quantos  continuam a laborar, nas diferentes áreas de serviço e profissão; eles são, nestes dias negros da história, o nosso escudo de salvação! Só unidos, na mesma fé e reciprocidade poderemos vencer o inimigo imediato, actual. Tanto quanto se puder, ficar por casa e seguir as directivas e outras ordenações, que são exigências; por nós, mas também pelos outros.

Que esta nova e única condição, de estar confinado, de permanecer fechado, nos sirva para pensar no essencial, ordenar coisas e também a própria mente! Depois de ultrapassada esta dura provação, nos sintamos fortalecidos com a esperança de um mundo melhor; mais justo e solidário, mais optimista e mais respeitador do meio em que vivemos. Usemos de prudência e muita confiança; que esta situação, não deixe a emoção sobrepor-se à razão, nem à inteligência e capacidade de pensar e agir. Força, todos por um, um por todos!

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António Fernandes
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