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No momento em que Cabo Verde detém a presidência rotativa da CPLP (2018-2020), o grupo “Cruzeiros do Norte” celebrou a lusofonia sem fronteiras e venceu em 9 das 10 categorias a concurso.
Em julho de 2018, na abertura da XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, o Primeiro Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva apresentou as estratégias para o biénio, salientando o papel da Comunidade de Países de Língua Portuguesa como “espaço de valores e de defesa dos direitos humanos”.
No festival literário “Correntes d’Escrita”, que se realizou em fevereiro na Póvoa de Varzim, o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, por ocasião da apresentação do seu livro “A sedutora tinta das minhas noutes”, afirmava ser a língua portuguesa “uma língua oceânica em viagem permanente”, “um legado histórico de 800 anos capaz de ultrapassar utopias”.
Deste carnaval de 2019, deste samba-enredo “Sabura sem fronteira”, mais do que a folia, a criatividade e o colorido dos carros, a harmonia das coreografias, o ritmo poderoso das baterias, a beleza das figuras de destaque (que os houve em todos os grupos para gáudio de todos), fica a alegria de partilhar a diversidade que nos une, porque nos valoriza e engrandece.
Fica a afeição por um língua que é nossa e, porque o é, nos permite acreditar na utopia de que falava o Presidente da República ou, como cantava Zeca Afonso, em países sem fronteiras, “sem muros nem ameias / gente igual por dentro / gente igual por fora / onde a folha da palma / afaga a cantaria / … / capital da alegria”.