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A ANCEVE- Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinho e Bebidas Espirituosas, uma associação empresarial do sector dos vinhos, que inclui mais de uma centena de empresas nacionais, contesta a proibição de venda de bebidas alcoólicas após as 20h00.
Nos últimos meses, o governo tem aplicado medidas com o intuito de reduzir o número de contágio de Covid-19 pelo país. Uma dessas medidas, que começou em Setembro de 2020, foi a proibição de venda de bebidas alcoólicas após as 20h00, nos estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo super e hipermercados.
Esta medida tem vindo a causar um enorme prejuízo ao sector vitivinicola, que tem vindo ultimamente a impulsionar a economia nacional, contribuindo para as cokmunidades rurais e ordenamento territorial. Além do seu papel fundamental na exportação do nome português para os corredores de vinhos nos mercados internacionais.
Os produtores mais pequenos de vinhos, que estruturam o grosso do tecido empresarial vitivinícola, "dependem em absoluto das vendas para os restaurantes e as garrafeiras especializadas e sentem-se desde Março abandonados e "sem chão", como refere Paulo Amorim, presidente desta associação em comunicado à luso.eu.
No mesmo comunicado pode ler-se "Os produtores médios e grandes, que também vendem para a distribuição moderna, tinham conseguido, até Setembro, equilibrar a facturação com os supermercados e hipermercados (embora sacrificando substancialmente as suas margens), mas a proibição de venda de bebidas alcoólicas após as 20h00 constituíu uma machadada brutal na sua actividade."
Um sector que vive muito baseado na exportação, a qual não deixou de lado, apesar das dificuldades acrescidas pela pandemia, os produtores de vinho, dependem muito também do mercado nacional, o que faz com que estas proibições, afectem drasticamente a sua capacidade financeira, em especial para com os seus trabalhadores, Estado e fornecedores.
Para além disto, a Associação refere ainda que tal medida, prejudica os consumidores que apenas podem efetuar as suas compras em período pós laboral. Sendo vista por isto como uma medida discirminatória. A ANCEVE defende que esta medida seja revista o quanto antes, por no quadro actual não ter qualquer sentido.
"É uma medida que afecta muito negativamente um produto nacional como o vinho, que é parte integrante da vida e cultura portuguesas."