Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Ministério das Finanças destacou hoje que a diminuição em 7,7 pontos percentuais da dívida pública em 2021, para 127,5% do PIB, é “a maior redução de sempre” e “fundamental para a credibilidade internacional” do país.
“O Banco de Portugal confirmou hoje que Portugal retomou em 2021 a trajetória de redução de dívida pública, interrompida pela pandemia. Foi a maior redução da dívida pública (em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto]) de sempre e a primeira vez em democracia que a dívida pública se reduziu em valor nominal, tendo diminuído 900 milhões de euros face a 2020”, sustenta em comunicado o ministério tutelado por João Leão.
Salientando que “esta forte redução da dívida pública foi possível devido à forte recuperação da economia portuguesa, à melhoria das contas públicas e à otimização da tesouraria global do Estado”, o executivo considera que “é uma excelente notícia para Portugal”: “A retoma da trajetória de redução da divida pública é fundamental para a credibilidade internacional da república e para a confiança na economia portuguesa”, afirma.
De acordo com o Ministério das Finanças, “no atual contexto de normalização da política monetária a nível europeu”, este resultado “permite assegurar maior segurança e estabilidade e melhores condições de financiamento para o Estado, para as empresas e para as famílias”.
Algo que, enfatiza, é “um fator fundamental absolutamente determinante para a recuperação da economia portuguesa e para o investimento”.
A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, diminuiu 7,7 pontos percentuais em 2021, de 135,2% para 127,5% do PIB, revelou hoje o Banco de Portugal (BdP).
Segundo a informação divulgada pelo banco central, no final de 2021 a dívida pública totalizava 269.600 milhões de euros, menos 900 milhões de euros do que no final de 2020.
“Esta redução refletiu amortizações de títulos de dívida, no valor de 4.600 milhões de euros, que foram parcialmente compensadas pelo aumento de passivos em depósitos (1.400 milhões de euros), nomeadamente depósitos de entidades terceiras junto das administrações públicas e certificados de aforro e do Tesouro, e em empréstimos (2.400 milhões de euros)”, precisa.
De acordo com o BdP, a variação dos empréstimos “foi explicada, sobretudo, pelos montantes recebidos da Comissão Europeia ao abrigo do instrumento europeu SURE (2.400 milhões de euros) e do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (400 milhões de euros)”.
Contudo, em 2021, os depósitos das administrações públicas diminuíram 8.300 milhões de euros, pelo que, deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 7.400 milhões de euros, para 253.900 milhões de euros.