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No próximo dia 6 de outubro, vamos ter a oportunidade de mudar a maneira como a nossa comunidade é considerada por parte dos órgãos de decisão de Portugal. No entanto, para que as coisas mudem e para podermos exigir mudanças, temos de votar. O voto é a nossa única arma.
Nós somos, de facto, uma mais-valia para o nosso país. Portugal beneficia de remessas de capital que injetam todos os anos na economia portuguesa os emigrantes. Relembro que em 2017 entraram em Portugal cerca de 3,5 mil milhões de euros oriundos da emigração. 3,5 mil milhões de euros… O suficiente para construir 1 hospital central e 20 estádios da Luz por ano!
Além disso, nós falamos as línguas dos sítios para onde emigrámos, se bem que com sotaques extraordinários e de que nos orgulhamos. Nós conhecemos as pessoas e sabemos como nos movimentar nos procedimentos burocráticos e culturais dos países onde residimos.
Por isso, Portugal ainda pode beneficiar muito mais se nos usar como embaixadores de proximidade em cada país, em cada cidade e em cada paróquia. Nós somos os embaixadores não oficiais de Portugal no centro da Europa continental.
Nós somos uma porta aberta para a Europa e para o resto do mundo.
Claro, nem tudo está bem, mas estamos muito melhor e isso graças à ação do último governo. Para quem estiver esquecido, relembro algumas medidas que o último governo de Portugal tomou em favor das nossas comunidades.
Refiro-me, por exemplo:
• à implementação do recenseamento automático, que trouxe para a cidadania potencialmente ativa mais um milhão e 100 mil portugueses;
• à expansão e modernização da rede consular;
• à valorização profissional dos funcionários consulares e dos professores de português no estrangeiro;
• ao lançamento de um encontro com as comunidades, para as ouvir e conhecer os seus problemas;
• ao Programa Regressar de que tanto se fala, uma medida estratégica para apoiar o regresso ao nosso pais de portugueses e lusodescendentes
• e todas estas entre muitas outras medidas…
Mas, apesar destes sucessivos avanços registados neste último período de governação e por seu impulso, a prática ainda mostra que Portugal pode e deve fazer mais pelas suas comunidades. Por exemplo, há muito a fazer em termos de representação da diáspora nos órgãos de decisão nacional. Nós, portugueses residentes no estrangeiro, queremos melhores formas para poder exercer a nossa cidadania fora do território nacional. Queremos ter mais representantes da nossa comunidade na Assembleia da República. Queremos diminuir o fosso entre a acessibilidade aos serviços administrativos que existem nas comunidades em comparação com a situação em Portugal. Nós, a comunidade emigrante, queremos que o investimento no ensino do português e na cultura, etc. se intensifique, e muitas outras medidas.
O último governo liderado por António Costa, que sempre demonstrou que está perto das nossas comunidades e das nossas preocupações, deseja continuar a melhorar as nossas condições e a reduzir todas estas dificuldades que nós vivemos no estrangeiro, no nosso dia a dia. Foi por essa razão que aceitei ser candidata nas listas do Partido Socialista. E, como candidata, comprometo-me a apoiar os eleitos durante os próximos quatro anos, para combaterem todos os obstáculos que ainda existem e que têm de ser resolvidos.
A título de exemplo, aqui em Bruxelas, penso que faz falta um polo dinamizador da comunidade portuguesa, que nos ajude a nos conhecermos e a lutarmos em conjunto pelos nossos direitos. Vejo-nos muito separados, quase sem comunicação e penso que o Estado Português poder ter aqui um papel agregador a desempenhar.
E antes de terminar, quero que fique claro que estou aqui. Estou aqui e estarei no futuro para transmitir e a exigir que Portugal nos trate ainda melhor. Mas nós, e não abdico disso, devemos e podemos fazer ainda melhor por Portugal, continuando a dar a nossa confiança ao único partido que faz avançar Portugal e a nossa comunidade.
Juntos vamos em frente e vamos fazer mais e melhor pela nossa comunidade e pelo nosso país.
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