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”continuo a ter alma genuinamente portuguesa com muito orgulho de SER PORTUGUÊS”
“penso que os portugueses deveriam acreditar e promover coisas mais reais a fim de conquistarem mais equidade e justiça na sociedade portuguesa onde a desigualdade é assaz notória”
”continuo a ter alma genuinamente portuguesa com muito orgulho de SER PORTUGUÊS”
“penso que os portugueses deveriam acreditar e promover coisas mais reais a fim de conquistarem mais equidade e justiça na sociedade portuguesa onde a desigualdade é assaz notória”
EUCLIDES CAVACO
Euclides Cavaco nasceu perto de Coimbra. Na década de 70 formou-se e tal como muitos portugueses procurou uma vida melhor em outras paragens. Rumou ao Canadá e aí tem trabalhado até aos dias de hoje, onde fundou um programa de televisão, criou várias rádios, escreveu poesia, editou livros e CD ́s. Vulto ímpar nas Comunidades portuguesas e da Comunicação Social, é cidadão e Homem do Mundo e grande mensageiro da Cultura e da Língua de Camões no Canadá e no Mundo há quase meio século.
Governos, academias e associações pelo Mundo inteiro agraciaram-no com inúmeras distinções. É apelidado de “Embaixador da Língua e Cultura de Camões”. Euclides Cavaco está de férias em Portugal e acedeu falar connosco.
Por Joana Araújo
— Está de férias em Portugal. Durante a sua estadia por cá existe algum evento público e caso haja quer revelar aos seus admiradores onde o poderão encontrar?
Euclides Cavaco — Sim tenho já alguns eventos agendados e outros que ainda não o estão, pois só chegamos há uma semana a Portugal. Darei oportunamente pormenores dos locais e datas através de email e do Facebook.
— Vive há quase meio século no Canadá. Considera-se ainda português?
EC — Sem dúvida que continuo a ter alma genuinamente portuguesa com muito orgulho de SER PORTUGUÊS.
— Qual a diferença da vida do emigrante de hoje e daquele do seu tempo?
EC — A adaptação da diáspora depende de cada pessoa, era e será porventura ainda difícil a quem escolhe um novo país de acolhimento para viver, porém penso que hoje será muito mais acessível do que há 50 anos.
— Qual o número de trabalhos publicados até hoje?
EC — Bastantes para os poder mencionar todos nesta breve entrevista, mas aqui deixo as coordenadas para quem deseje visitar a minha página onde encontrará grande parte da minha obra: www.euclidescavaco.com
— De entre um número impressionante de trabalhos publicados, é capaz de eleger um e porquê?
EC — É difícil ao próprio autor eleger um dos seus trabalhos por serem fruto da mesma origem, mas como sinto no peito desmedida portugalidade penso que o livro que mais me caracteriza será PEDAÇOS DO MEU PAÍS.
— Qual o seu escritor preferido dentro de cada género literário?
EC — A minha vertente literária é a poesia e por isso leio mais poetas do que romancistas ou outros prosadores. No domínio poético, Camões é indubitavelmente o expoente máximo que deveras admito e venero.
— Já alguma vez se deparou com alguém a ler um livro seu, por exemplo numa praia ou transporte publico? O que sente?
EC — Não precisamente um livro, mas ouço surpreendentemente a minha poesia declamada nas rádios portuguesas com muita frequência, o que me causa uma honra notória.
— Quando está a escrever partilha o trabalho com alguém para aconselhar-se, por exemplo um amigo ou familiar?
EC — Se entendi bem a pergunta, sim partilho, não na altura em que escrevo mas depois, antes de publicar os meus trabalhos, gosto de ter a opinião duma análise sincera que muitas vezes é a minha mulher ou amigos com quem comungo mais intimamente a minha expressão poética.
— Diz-se que “o silêncio é o início da sabedoria”, você prefere trabalhar em silêncio absoluto ou gosta por exemplo de ouvir uma música enquanto escreve?
EC — Considero o silêncio o mais apropriado para estado físico e intelectual para a inspiração e, sobre este tema escrevi alguns poemas que poderão ser lidos no meu portal ou adquiridos através do meu email: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
— Que género de música o inspira?
EC — O FADO , que é sem dúvida a minha inspiração maior.
— Depois de tudo de bom que recentemente tem acontecido a Portugal, desde a estabilidade política e a aparente recuperação económica, o afluxo de celebridades a comprar casa, a vitória no Festival da Canção, a visita do Papa e os novos santos, entre outros, diz-se na imprensa estrangeira que “Portugal está na moda”. Concorda com essa afirmação?
EC — Francamente não. Com todo o respeito por quem acredita ou tem opiniões diferentes sobre estes acontecimentos, penso que os portugueses deveriam acreditar e promover coisas mais reais a fim de conquistarem mais equidade e justiça na sociedade portuguesa onde a desigualdade é assaz notória. Sobre este tema teria muito mais a dizer mas não me quero tornar inconveniente, nem esta entrevista se coaduna com o tema.
— Quer deixar uma palavra para os seus seguidores pelo Mundo inteiro?
EC — Quero sim. Deixar uma mensagem para a Diáspora portuguesa da Europa e do mundo para que nunca se envergonhem de continuar a alimentar a nossa chama lusíada em qualquer parte do mundo onde estiverem e a manter a portugalidade deste povo que nós somos que tanto nos orgulha e distingue.
CAIXA Perguntas rápidas
Um Clube:
– Clube da amizade
Uma cor:
– cor da felicidade
Uma fragrância/perfume:
– A suavidade da maresia
A comida preferida:
– o meu cozido à portuguesa, claro Uma bebida:
– água que é a fonte de vida
Um filme:
– Música no Coração
Um actor:
– Vasco Santana
Um livro:
- Lusíadas
Um autor Literário:
– Florbela Espanca
Uma música:
– Cinderela de Carlos Paião
Um grupo musical:
– Tunas académicas
Um herói nacional:
– Vasco da Gama