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Cristina Ardisson, natural de Viseu, cantora de música popular portuguesa é conhecida por ser a cara bonita deste estilo musical. Foi com o lançamento do seu album discográfico “Cuidado Mulheres”, em 2012 que iniciou a sua carreira musical. Já conta com “Tira a mão da fruta” e “Kiss” na sua biblioteca discográfica, albuns lançados em 2014 e 2017 respetivamente. Esta mulher sonhadora, de personalidade extrovertida e cativante esteve à conversa com Carla Pimenta da Luso.eu.
Carla Pimenta/Luso.eu: Este é o seu nome artístico? Ou é mesmo o seu nome verdadeiro? (Pergunto por conta do apelido Ardisson)
Cristina Ardisson: Sim, este é o meu nome verdadeiro, tem origens na minha família já desde a primeira guerra mundial e, por ser diferente, decidi mantê-lo também como nome artístico.
CP/Luso.eu: Nasceu em Viseu? Sempre viveu em Viseu?
CA: Sou Natural de Viseu, mas vivi na margem sul do Tejo, onde estudei e concluí com êxito o curso de teatro. Apesar de ter abraçado inicialmente a carreira de modelo fotográfico, para uma revista do grupo Impala e outras oportunidades como modelo, a paixão pela música sempre falou mais alto.
CP/Luso.eu: Quando começou o gosto pela música? Sempre cantou desde pequena? Ou foi algo que surgiu mais tarde? O que levou a seguir a carreira de cantora? Como surgiu a oportunidade? Tem sido uma luta fácil? Ou tem tido alguns percalços no caminho?
CA: O gosto pela música vem desde muito cedo. Com apenas seis, sete anos já cantava e encantava, fazia coreografias nas escadas do prédio onde vivia para os vizinhos, participava em tudo o que era concursos de canto e dança na escola, sempre muito extrovertida e diferente de todas as amigas. Na altura não se proporcionou ingressar no mundo da música, mas mais tarde consegui realizar o meu primeiro trabalho discográfico, depois de uma conversa que tive com o falecido Cantor Roberto Leal. Que ao ouvir um pequeno refrão me disse: "Menina voçê tem uma voz linda, e assim à capela tão afinada, segue o seu sonho em frente".
A partir daí, não parei mais, conheci também o cantor Quim Barreiros, que foi mais um dos que me incentivou e inclusive apresentou-me o seu produtor musical com quem acabei por trabalhar.
Desde 2012 à atualidade tem sido uma luta constante, a música em Portugal está muito difícil, muita gente a cantar , a estragar mercado que oferece condições precárias, muitas promessas e poucas ações. Quem conseguiu ter um bom nome em tempos fáceis, ainda vai mal ou bem conseguindo continuar, agora hoje em dia conseguir um nome no mercado abrangente é cada vez mais difícil.
Por outro lado a internet veio estragar muito, pois já quase que não se vendem CD's, aliás estes têm os dias contados e as editoras já não podem apostar como nos tempos do auge da música popular Portuguesa. Tudo está banal, ninguém inventa nada , já está tudo inventado e andamos num círculo sem fim.
CP/Luso.eu: Tem ido muitas vezes à televisão. Como surgiu a oportunidade de aparecer a primeira vez? E depois tem sido convidada frquentemente? Esses espetáculos que faz na televisão são pagos? Ou é por amor à música?
CA: Sim, vou frequentemente a programas de televisão, a convite da minha editora espacial. Já estive na TVI, RTP1, SIC. Os programas nunca são pagos, antes pelo contrário a promoção televisiva, as deslocações, a equipa, o material publicitário (cachecóis, flyers, Cartazes), é tudo sustentado pelo artista, ou seja: o artista tem um grande investimento para tentar conseguir levar o seu nome pelos quatro cantos dos mundo.
CP/Luso.eu: E os seus concertos são maioritariamente em Portugal? Costuma ir ao estrangeiro para actuar em festas das comunidades portuguesas emigradas? Qual o país que tem ido actuar com maior frequência?
CA: Já Atuei várias vezes nas comunidades Portuguesas, desde a Suíça, França, Luxemburgo, Inglaterra, Estados Unidos.
CP/Luso.eu: O que sente quando actua para a comunidade portuguesa no estrangeiro? O carinho é o mesmo do que o que o público português lhe dá em Portugal? Quais são as maiores diferenças entre os dois?
CA: Vou a estes países mais durante o inverno e sou sempre muito bem recebida por todos. Primeiro porque existem sempre muitos conterrâneos espalhados nas comunidades e depois porque a minha música é bastante animada, com uma alegria contagiante e ninguém consegue ficar indiferente. Todos juntos fazem uma grande festa com muito carinho e cumplicidade. O mesmo se passa em Portugal nos meus espetáculos sou sempre muito acarinhada, mas o calor humano que se sente nas comunidades é diferente, consegue ser mais acolhedor e mais familiar e sinto-me em casa, como se estivesse em família.
CP/Luso.eu: Já foi assediada durante/depois de um espetáculo por ser uma mulher atraente e pelo estilo de música que canta? Ou as pessoas são sempre cordiais e respeitadoras? O que lhe disseram de melhor e pior depois ou durante um esptáculo? Qual foi o momento mais hilariante e menos bom durante um espetáculo seu?
CA: Já fui assediada em palco na França, em Lansargues (num concerto na associação de Lansargues) por um português completamente alcoolizado. Ele conseguiu passar pelos seguranças e invadiu o palco. Chegou a agarrar-me para me beijar, mas como se desequilibrou atirou-me ao chão do palco. Por causa disto deixei de conseguir andar temporariamente e tive de cancelar todo o meu trabalho profissional. Tive mesmo de me afastar da música durante um ano, sem ter vida própria e estive dependente da família. Foi uma fase bastante difícil e aquela queda originou mazelas para o resto da minha vida.
Mas o melhor é o que recebo em todos os meus espetáculos, desde o inicio. O meu público e fãs dizem me sempre o mesmo: "Merece ter muito sucesso , nunca desista, é uma verdadeira artista não só pelo que canta mas também pelo que transmite, nunca mude e vai ver que apesar de ser difícil não é impossível."
CP/Luso.eu: Algum novo álbum já editado? Quais são os projectos futuros?
CA: Conto agora com vários singles já preparados para fazerem parte do meu novo álbum. Projeto este que conta com musicas bem populares e animadas para arraiais, bem ao género de Cristina Ardisson. E pretendo no futuro continuar a ser eu própria, continuar a dar conhecer o meu nome, sempre com muita alegria, energia e humildade para todo o meu público. Porque acredito que nunca é tarde para se seguir o que realmente nos faz sentir felizes e realizados como seres humanos que somos.