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Caracas, 28 jul (Lusa) - Os empregados de várias sucursais da rede de supermercados Central Madeirense, propriedade de empresários portugueses radicados no país, manifestaram-se na sexta-feira para exigir melhores salários.
Durante os protestos, que decorreram em várias sucursais de Caracas, os empregados do estabelecimento do Centro Comercial Unicentro El Marques (no leste da capital) queixaram-se aos clientes que não podiam "subsistir" uma vez que recebem o salário mínimo e com isso não podem comprar "nem um copo de água por dia".
A situação foi criticada pela oposição política venezuelana, que acusa o Governo do Presidente Nicolás Maduro de "destruir economicamente Caracas e o país", como parte de um programa para instaurar um sistema comunista na Venezuela.
"Não é um erro do sistema, mas o resultado esperado do sistema, do sistema comunista, como tem ocorrido em todo o mundo", escreveu na sua conta do Twitter o líder opositor Jesus Chuo Torrealba, ex-secretário da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática.
A agência Lusa tentou, sem sucesso, contatar fonte da administração da empresa.
A rede de supermercados Central Madeirense foi criada a 11 de novembro de 1949 por quatro emigrantes naturais da Madeira, Manuel de Sousa Macedo, Agostinho de Sousa Macedo, Manuel Mendes de Sousa e Manuel da Corte de Abreu.
A 22 de dezembro de 2014 foi inaugurada a sucursal 52 da Central Madeirense, em Manzanares, a sudeste de Caracas.
Proximamente será inaugurada a sucursal de La Guaira, a norte de Caracas, nas proximidades do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetia, o principal do país.
Nas diferentes sucursais da Central Madeirense trabalham mais 1,1 milhares de empregados, entre eles vários portugueses e luso-descendentes.