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Paris, 25 set (Lusa) - O Pavilhão do Conhecimento vai levar à Cité des Sciences et de l'Industrie, em Paris, a exposição "Era uma vez? Ciência para quem gosta de histórias", na qual a ciência é contada através de histórias de encantar.
A exposição, que vai ser inaugurada em 01 de outubro, abre as portas ao público a 03 de outubro e poderá ser visitada até 18 de novembro de 2018, sendo a primeira vez que é mostrada fora do país.
Intitulada, em francês, "Il était une fois - la science dans les contes", a exposição fala de ciência através de dez histórias infantis, como "Branca de Neve os Sete Anões", "As Aventuras de Pinóquio", "João e o Pé de Feijão" e "Ali Babá e os 40 Ladrões", explicou à Lusa Rosalia Vargas, presidente do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.
"O que fez a Ciência Viva foi olhar para essas histórias e ir ver a ciência que pode estar dentro delas. Toda a exposição foi concebida como um enorme desenho animado. Ela é muito viva e tem um design muito apelativo e é uma exposição com muita ciência onde se aprende a brincar", descreveu a responsável.
A exposição pretende mostrar que a ciência está em todo o lado, incluindo no imaginário fantástico das histórias infantis, seja em castelos assombrados, numa floresta labiríntica, numa casa de chocolate, num espelho mágico ou num boneco de madeira.
"No caso do Pinóquio, há um módulo onde foi feito um enorme boneco em madeira, todo articulado. O público é convidado a manipular e quando puxa um dos fios que parece fazer mexer a perna direita, o que acontece é que, se calhar, é o braço esquerdo que se movimenta. Há ali muita engenharia", explicou Rosalia Vargas.
Engenharia, física, química, matemática, geologia e biologia são, ainda, explorados em outros contos como "Os Três Porquinhos", "Alice no País das Maravilhas", "O Capuchinho Vermelho", "A Gata Borralheira", "Hansel e Gretel" e "A Princesa e a Ervilha".
"Nos Três Porquinhos, o público é convidado a construir três tipos de casas, com materiais à disposição, de maneira a conseguirem a casa mais resistente. Noutra história, a do Capuchinho Vermelho, há uma cama onde estaria a avozinha e o público pode recostar-se nessa cama e tem um ecrã onde passam filmes de animação e se dão informações sobre ambiente, florestas e animais", continuou.
Rosalia Vargas acrescentou que "há mil e uma possibilidades de pôr ciência nas histórias infantis" e que a exposição vai contar com uma jornada, em janeiro, dedicada à comunidade portuguesa em França, que envolverá cientistas e público.
A mostra "Era uma vez" esteve em Lisboa entre outubro de 2013 e setembro de 2014, tendo seguido para o Instituto de Design de Guimarães e o Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra.
Entre março e finais de agosto, o Palais de la Découverte, em Paris, acolheu a exposição "Viral, uma experiência contagiante", igualmente concebida pelo Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, em parceria com os centros Universcience, em Paris, e Heureka, em Helsínquia.
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