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Homenagem Padre Sá - Por ocasião dos trinta anos do seu falecimento.

“Um homem sábio, cumpridor do seu papel; honesto, exigente e pontual”

Há precisamente trinta anos nas paróquias de Ponte da Barca e Oleiros, centenas de amigos das mais diversas localidades, e a família perdia alguém, a que durante vários anos chamaram: “o nosso pároco, o nosso amigo”, ou no nosso caso concreto o nosso tio.

Era Natal, tive o privilégio, de juntamente com a minha esposa os meus filhos ter celebrado com ele, na residência paroquial, a consoada, o que fazia sempre em alternância com a minha irmã Helena. Na manhã do dia 25, sempre com o sentido de cumprir a sua missão, ainda se levantou para ir celebrar a missa de Natal a Oleiros, o que fez com muita dificuldade, não conseguindo já celebrar a missa das dez horas na vila, visto ter seguido para o Hospital de Braga, donde já não regressou com vida.

Padre Sá, meu tio, foi durante 46 anos sacerdote em várias paróquias, entre as quais, Entre Ambos-os-Rios, Ermida e Germil durante 9 anos e por fim nos últimos 32 na vila de Ponte da Barca e Oleiros. Foi também professor na Escola Secundária de Ponte da Barca, Escola Secundária de Arcos de Valdevez e Escola Secundária de Monserrate em Viana do Castelo, tendo lecionado Religião e Moral Católica, Geografia, Português e Latim. Mas a nível das Dioceses de Viana do Castelo e Braga, foi como pregador que ficou conhecido, levando a todos através do seu dom de oratória o evangelho de Cristo.

Mas o Padre Sá não  foi só padre orador, e professor, foi também, e é nisso que me vou debruçar, uma pessoa de família e amigo dos que com ele se cruzaram. Como pessoa de família teve consigo até ao fim, os seus pais, aqui sepultados nesta campa, e três dos seus sobrinhos, a quem tratou como se fossem seus filhos. Os paroquianos de Ponte da Barca e de Oleiros, com mais de meio século de vida, devem lembrar-se de mim, da minha irmã Helena e do meu irmão Manuel a vivermos com o meu tio e de tudo o que ele fez em prol da nossa educação e do nosso bem estar. Por vezes era um pouco ríspido, talvez severo, mas ao mesmo tempo sempre pronto a desculpar, preocupado com o nosso crescimento intelectual e educacional, fazendo de nós homens e mulheres aptos para vida, nunca se poupando a esforços e sacrifícios. Foi graças ao seu apoio que conseguimos ser o que somos hoje. Mesmo depois de cada um de nós ter a sua vida profissional e familiar organizada, a sua preocupação connosco e com os nossos era constante e sofria como um autêntico pai. Faço uma referência maior aos três sobrinhos que com ele viveram, mas a restante família era também uma preocupação sua, quer com os dois irmãos, quer com os restantes dez  sobrinhos. E se sentia tristeza quando algo corria menos bem a um dos seus, também sentia imenso orgulho e alegria quando conseguíamos  os nossos intentos. Era um verdadeiro homem de família.

Mas a sua dádiva aos outros não se limitava, aos mais diretos, eram inúmeros os amigos que foi fazendo ao longo dos anos, quer nas atividades profissionais, quer nas de lazer ou outras.

Tenho imensas recordações dos tempos passados na caça, nalgumas viagens de lazer e convívios. A amizade e boa disposição que reinava em todos estes momentos, as graças, as anedotas, as risadas, o recordar de cenas caricatas eram uma constante para que todos se sentissem bem. Se na igreja e na sala de aulas o respeito, o sentido de cumprir eram o seu apanágio, fora daí reinava sempre a boa disposição. Como pároco de Oleiros possuía o passal, que teve a preocupação de cultivar enquanto lhe foi possível, quer com a nossa ajuda, quer com a ajuda de pessoas da freguesia ou outras. Sempre que possível estava presente  nos trabalhos e fazia sempre questão de almoçar com quem trabalhava. Era sempre o primeiro a fomentar a boa disposição, e estes eram sempre momentos alegres em que todos se sentiam à vontade e franco convívio.

Durante o Verão, período em que muitos emigrantes regressavam à terra, eram inúmeros os que faziam questão de se deslocar à residência paroquial, para cumprimentá-lo e recordar momentos vividos em conjunto. Ainda hoje, em locais, onde as pessoas desconheciam a minha ligação familiar com ele, quando falo nele são inúmeros os que se recordam dos seus dotes oratórios, mas principalmente os laços de amizade que ficaram dos diversos encontros que tiveram.

Este é um pequeno resumo daquilo que teria a dizer sobre aquele que hoje recordamos, um homem sábio, cumpridor do seu papel, exigente para consigo e para com aqueles com quem lidava, que fazia da pontualidade um ponto de honra, mas acima de tudo amigo do seu amigo, defensor da verdade e do bem de todos, sem distinção de classes, ou bens, em que a única contrapartida que exigia era honestidade, educação e respeito.

Agradeço a todos a vossa presença e aproveito para desejar continuação de Boas Festas.

José Domingos Outeiro Fernandes

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