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Portugal vê o seu nome na inscrição de três novos bens patrimoniais: os registos oficiais de Macau durante a dinastia Qing (1693-1886); os livros de vistos concedidos pelo cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes (1939-1940), e o Codex Calixtinus da Catedral de Santiago de Compostela e outras cópias medievais do Liber Sancti Jacobi.
Estes conjuntos de documentos juntam-se a outros sete como o Diário de Vasco da Gama na primeira expedição até à Índia, o Tratado de Tordesilhas; a Carta de Pêro Vaz de Caminha para D.Manuel I, em 01 de maio de 1500; O Apocalipse de Lorvão e o Apocalipse de Alcobaça; o Corpo Cronológico; o relatório da primeira travessia aérea do Atlântico Sul feito por Gago Coutinho e Sacadura Cabra, em 1922; e os Arquivos dos Dembos (mais de 1000 manuscritos de correspondência trocada entre as autoridades locais da região dos Dembos, no norte de Angola, e as autoridades colonias portuguesas).
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova afirmou, no mesmo comunicado, ser sua “profunda e firme convicção de que o programa da Memória do Mundo deve ser guiado no seu trabalho pela preservação da herança documental e de memória pelo benefício de gerações presentes e futuras no espírito do diálogo, da cooperação internacional e compreensão mútua, construindo paz nas mentes das mulheres e dos homens”.
O programa Memória do Mundo foi criado em 1992 após a “tomada de consciência crescente do estado preocupante de conservação do património documental e da precariedade do seu acesso em diferentes regiões do mundo”, justificou a UNESCO. Os registos começaram em 1995 e na lista incluem-se o documento original da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789-1791), a 9ª Sinfonia de Beethoven, o Diário de Anne Frank e a coleção fotográfica do Imperador D. Pedro II do Brasil.