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A Comissão Europeia rejeitou hoje as acusações feitas pelo Presidente do Brasil, Lula da Silva, de que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) estejam a ajudar a prolongar o conflito na Ucrânia.
“Não é verdade que os EUA e a UE estejam a ajudar a prolongar o conflito. A verdade é que a Ucrânia é a vítima de uma agressão ilegal, uma violação da Carta das Nações Unidas”, sustentou o porta-voz do executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Peter Stano acrescentou que “é verdade que a UE, os EUA e outros parceiros estão a ajudar a Ucrânia na sua legítima defesa”.
A outra opção, segundo prosseguiu o porta-voz, era “a destruição da Ucrânia”.
Luiz Inácio Lula da Silva defendeu no sábado, no final de uma visita à República Popular da China, que os Estados Unidos devem parar de "encorajar a guerra" na Ucrânia e a União Europeia deve "começar a falar de paz".
“No que diz respeito a iniciativas de paz, a UE apoiou-as muito antes de [Presidente russo, Vladimir] Putin decidir lançar esta carnificina contra a população ucraniana (…), a resposta foi a agressão infortuna de fevereiro do ano passado”, frisou o porta-voz da Comissão Europeia.
Peter Stano reconheceu que desde o início da invasão vários países apresentaram propostas para a paz e houve convites para Moscovo voltar à mesa das negociações, mas, afirmou o representante, “todas as ofertas foram recebidas com uma escalada da guerra” pelo Presidente da Federação Russa.
Os 27 Estados-membros da UE apoiam “a paz o mais depressa possível”, afirmou Stano, destacando, porém, é necessário lembrar que “é a Rússia e só a Rússia a responsável pela agressão ilegítima e sem provocações contra a Ucrânia”.
“Não há dúvidas sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, reforçou.
Por isso, a Ucrânia “é que tem de definir sob que condições quer a paz”, disse o porta-voz.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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