
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Em 2008, durante o governo de José Socrates, Portugal viu ser extinguida a carreira de Auxiliares de Ação Médica. Este profissionais que trabalham para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) em sistema de turnos rotativos num sistema de 24/7, viram o seu título desaparecer junto com a oportunidade de exigir melhores condições laborais. Surge assim, em 2020, APTAS (Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde), em Santa Maria da Feira, a fim de repor/criar a carreira de Técnicos Auxiliares de Saúde.
Adão Rocha, presidente desta associação, junto com outros profissionais acharam imperativo criar esta, uma vez que, de acordo com um comunicado de imprensa, a decisão de extinguir esta carreira terá "lesado todos os profissionais de saúde, contribuindo para a degradação do próprio SNS e, consequentemente retirando à população em geral, profissionais motivados na prática da tão desejada Humanização".
A própria Ministra da Saúde, Marta Temido, confirmou já em 2018 existir este problema, quando afirmou que em Portugal tinha poucos auxiliares de ação médica e "muito medo das carreiras especiais e depois acabamos por ser mais ineficientes do que queríamos".
A associação visa defender estes profissionais que não têm fins de semana, trabalham em sistema de rotatividade, não contam com feriados nem festividades, as suas ferias são escolhidas por um plano de escala anual e, no final nem são reconhecidos como profissionais de saúde, não conseguindo usufruir de salários dignos que a profissão assim o requer. Adão Rocha e os seus associados, pretendem mostrar a Portugal "o rosto esquecido da pandemia", com o intuito de lhes "prestar a devida homenagem, não com palmas, mas sim com a criação da sua mais que merecida e justa carreira profissional: Técnicos Auxiliares de Saúde".
Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades