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Foi no passado dia 5 de Outubro que se inaugurou o CSI em São Mamede de Infesta em Matosinhos, pelas 11h tendo-se prolongado pela tarde com a participação dos visitantes nas corridas de slot, em ambiente de saudável convívio. Marcaram presença Miguel da Cruz a viver no Luxemburgo e o campeão mundial de slot, o alemão Ralph Ziehl
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Estiveram mais de uma centena de praticantes da modalidade, oriundos dos mais representativos clubes do norte ao sul do país. O CSI quer ser um clube social, um local agradável onde os praticantes possam levar a família e os amigos.
O CSI pretende uma renovação geracional na prática do slot, atraindo crianças e jovens para a prática da modalidade. Nesse sentido, foram estabelecidos contactos com as autoridades locais, com vista à ocupação dos tempos livres dos mais jovens do concelho de Matosinhos no clube de slot.
Em entrevista ao presidente do Clube de Slot Invictus – CSI, Rui Sousa, foi possível encontrar mais respostas para este projecto.
João Pires (JP) – quais são as características deste novo projecto?
Rui Sousa (RS) – trata-se de um projecto novo em que um grupo de sócios decidiu avançar com a criação deste clube, porque entende que é possível proporcionar uma nova visão que não se enquadra nos projectos já existentes da modalidade.
O Clube de Slot Invictus vai ser um clube aberto à comunidade e por esse motivo o sr. Presidente da Junta de Freguesia de São Mamede de Infesta esteve presente no evento.
Nesse âmbito, será desenvolvido um protocolo para as crianças de Matosinhos poderem praticar a modalidade neste clube. Trata-se de propor uma alternativa ao entretenimento virtual. Pretende, por outro lado, atrair os mais jovens por forma a rejuvenescer a massa associativa do clube. Nós próprios estamos interessados em incentivar a adesão dos mais jovens para haver uma renovação geracional dos praticantes da modalidade.
O clube pretende possibilitar a prática de um passatempo que une sócios dos 8 aos 88 anos.
Para além da diversão que a modalidade proporciona aos praticantes, trata-se de replicar os automóveis à escala, uma modalidade técnica que permite aos jovens desenvolver competências em trabalhos manuais, electricidade e mecânica, para além da vertente do coleccionismo.
Rui Sousa pratica a modalidade há mais de 40 anos, tendo iniciado em adolescente com alguns interregnos pelo meio, porém o gosto pela modalidade permaneceu sempre.
Hoje trata-se de um dia especial para o clube, pelo que na inauguração e para permitir a maior participação de todos, sejam participantes ou convidados, foram colocados carros fixos na pista.
JP - Como está a divulgação da modalidade em Portugal?
RS – Trata-se de um desporto de nicho. Existem 12 clubes em Portugal e cerca de 500 praticantes. Existem soluções desde 40€ ou 50€ a adquirir numa loja de brinquedos até 400€ ou 500€ numa loja da especialidade. Aqui, temos a réplica do desporto automóvel à escala (1/24 ou 1/32), na qual é possível recriar as classificativas de ralis, de todo o terreno e automóveis de pista.
Sobretudo está presente a paixão pelo desporto automóvel, ainda que à escala, na qual é possível dar azo a essa paixão, bem como ao espírito do coleccionismo, e ao convívio com outros praticantes na Europa.
Eu próprio faço provas no estrangeiro com um amigo praticante a viver no Luxemburgo, que está aqui presente hoje nesta inauguração, com quem costumo correr no Luxemburgo ou Alemanha.
Para terminar, Rui Sousa, envia um grande abraço a todos os conterrâneos distribuídos por toda a Europa.
Quem é Miguel da Cruz (MdC)?
Foi para o Luxemburgo com 3 anos, é proprietário de 3 escolas de condução há 15 anos e tem família em Cascais.
Começou a praticar a modalidade de slot desde há 3 anos, através do presidente do clube, Rui Sousa, que também procurava saber mais do funcionamento do slot fora de Portugal. Faz corridas de slot em Portugal, pois trata-se de uma actividade que permite fazer novos amigos e possibilita o convívio entre os praticantes. Também pratica a modalidade na Alemanha, Holanda e Bélgica.
Apesar da comunidade portuguesa ser enorme no Luxemburgo, desconhece outros praticantes lusos.
JP - Acha que poderão vir a surgir novos praticantes portugueses que se encontram a viver fora de Portugal?
MdC - O slot não tem nacionalidade, pratica slot quem quer e gosta. Eu considero-me europeu e relaciono-me com todos os praticantes da modalidade, independentemente da sua nacionalidade. O facto de viver e trabalhar no Luxemburgo tento tirar o máximo partido convivendo com todas as pessoas. Actualmente, os portugueses estão bem integrados nas respetivas comunidades de acolhimento. Já não existe a dificuldade da língua de acolhimento, pelo menos para as gerações mais novas. Na época do meu pai, não falavam outra língua que não o português. Então a tendência eram os portugueses criarem a sua própria comunidade de falantes da língua portuguesa, tornando-se mais fechados. Hoje é diferente, existe integração.
JP – Quais são as vantagens e desvantagens desta modalidade?
MdC – Fazer novos amigos e praticantes da modalidade. Existe uma oportunidade em Portugal para os clubes uniformizarem os regulamentos, por forma a permitir maior intercâmbio e mais trabalho em conjunto. Conheço muitos praticantes em Portugal, apesar da modalidade poder ser considerada um pouco cara, se comparado com a facilidade em adquirir os carros e restantes equipamentos no resto da Europa, o que limita a participação em provas fora de Portugal.
Obrigado a toda a organização do Clube de Slot Invictus e ao jornal das comunidades portuguesas Luso.eu.