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O PS voltou a vencer no círculo eleitoral de Lisboa, tendo IL e Chega multiplicado em quatro vezes a sua representação e o Livre voltado a eleger, enquanto CDS, CDU, BE e PAN registaram perdas de mandatos.
O PS é tradicionalmente o partido mais votado neste círculo e subiu agora de 36,74% (404.677 votos, 20 eleitos) em 2019 para 40,83% (482.606 votos, 21 eleitos), numa lista liderada por António Costa (primeiro-ministro e secretário-geral do PS), Edite Estrela e Mariana Vieira da Silva (ministra de Estado e da Presidência). Foram também eleitos, entre outros, Graça Fonseca (ministra da Cultura), Duarte Cordeiro (secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares) e Fernando Medina, que em setembro passado não conseguiu a reeleição para a Câmara de Lisboa.
Por sua vez, a lista do PSD, encabeçada por Ricardo Batista Leite, José Silvado e Isabel Meireles, foi a escolha de 24,16% (285.522 votos) dos eleitores, que valeram 13 deputados, mais do que os 12 eleitos em 2019, quando recolheu 22,60% dos votos (248.937 votos). Joaquim Sarmento e Duarte Pacheco são outros dos representantes do maior círculo do país (48 mandatos).
Num círculo eleitoral com 1.919.958 inscritos, a abstenção ficou nos 38,44% (foi de 42,67% em 2019), a IL e o Chega conquistaram quatro mandatos cada, ocupando as posições que nas eleições anteriores pertenceram a Bloco de Esquerda e CDU (PCP/PEV).
Os 7,90% (93.341 votos) atribuídos à lista da Iniciativa Liberal, liderada pelo presidente do partido, João Cotrim Figueiredo, elegeram ainda Carla Charters de Azevedo, Rodrigo Saraiva e Bernardo Blanco, enquanto os 7,77% (91.889 votos) do Chega elegeram o líder, André Ventura, Rui Sousa, Rita Matias e Pedro Fernandes.
Em sentido inverso, o Bloco de Esquerda perdeu três deputados em Lisboa, passando de 9,71% em 2019 (106.944 votos) para 55.786 votos, e elegeu no distrito Mariana Mortágua e Pedro Filipe Soares.
A CDU e o PAN ficaram, cada um, com metade dos deputados (dois e um, respetivamente), com a Coligação Democrática Unitária a manter apenas o líder Jerónimo de Sousa e Alma Rivera, perante a redução dos votos de 7,79% para 5,08%, enquanto o partido de Inês de Sousa Real (1,99%, contra 4,41% em 2019) elegeu apenas a porta-voz do partido, um dos últimos mandatos atribuídos durante a noite.
O grande derrotado da noite – não apenas na capital, mas também no resto do país – foi o CDS-PP, que falhou, com 1,65% dos votos, em eleger um único deputado. Em 2019, o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos conquistou dois lugares no hemiciclo no círculo eleitoral de Lisboa, com 4,40% dos votos.
O Livre repetiu a eleição de um deputado. Os 2,07% em 2019 permitiram a eleição de Joacine Katar Moreira – a quem foi retirada a confiança política pelo partido poucos meses depois –, e aumentaram agora para 2,44%, que elegeram Rui Tavares.
O distrito está dividido em 16 concelhos, uns de tendência rural, sobretudo na zona Oeste, e outros mais metropolitanos, localizados na cintura da capital, onde vivem também mais pessoas.
Segundo os dados preliminares dos Censos de 2021, residiam no distrito de Lisboa 2.275.846 pessoas, pouco mais do que os 2,25 milhões de residentes no final de 2018, antes das anteriores legislativas.