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A cimeira do clima ou COP26 que ocorreu estes dias em Glasgow começou por ser cómica e acabou em muito pouco ambiciosa.
Começou por ser cómica porque a maior parte dos dirigentes mundiais deslocaram-se à Escócia em jactos privados altamente poluentes.
Foi uma espécie de "Faz o que eu digo mas não faças o que eu faço".
Depois, fazer acordos para 2030 ou 2050 ninguém sabe se vão ser cumpridos porque os dirigentes políticos podem ser substituídos nos seus países e a maioria deles não vai viver até essas datas.
Viu-se o que Trump fez com o acordo de Paris e fará o mesmo com este acordo se ganhar as próximas eleições nos EUA.
Também vai rasgá-lo, não tenho dúvidas.
Convém também referir os grandes ausentes como Xi Jinping e Putin.
A China, o maior poluidor do planeta e a Rússia que não lhe fica atrás.
Dois líderes de duas ditaduras e desde quando se respeita o que quer que seja em ditadura?!
Talvez tudo fosse diferente se estas grandes potências mundiais estivessem geograficamente situadas abaixo do nível da água do mar ou próximo, tal como acontece com a Holanda e o Bangladesh.
Enfim, foi só "blá-blá-blá" como disse a Greta Thunberg e o próprio Boris Jhonson sobre cimeiras anteriores.
Tudo isto me pareceu um pouco como aqueles fumadores que dizem que vão deixar de fumar no Natal. Chegados ao Natal dizem que na Páscoa é que vai ser e por aí fora.
Depois deixam de fumar da noite para o dia, mas isso só acontece quando descobrem que têm um cancro no pulmão e então já é tarde.
A água do mar já entrou pela casa adentro.
Sinceramente, acho que os dirigentes mundiais quiseram escolher entre "nós" e o mundo, como se o mundo fosse uma entidade abstracta separada de nós e passível de ser adiado.
E, entre "nós" e o mundo, escolheram "nós".
Um "nós" que não me representa a mim nem a vocês, mas a eles políticos!