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Marisa Matias deslocou-se esta quinta-feira, 8 de junho, à Église du Béquinage, em Bruxelas, local onde dezenas de migrantes se encontram em greve de fome há 48 dias em protesto contra a morosidade do governo belga no tratamento dos processos de regularização.
Esta é a segunda visita da eurodeputada do Bloco de Esquerda ao local. A situação agravou-se nos últimos dias, quando os manifestantes fecharam as portas da igreja e passaram a recusar qualquer tipo de auxílio, inclusive médico.
Atrás das portas da Église du Béquinage, situada perto da praça de Saint-Catherine, os migrantes encontram-se em greve de fome há 48 dias. Na semana passada, a deputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias foi conhecer a sua situação e manifestar a sua solidariedade.
A irredutibilidade do governo belga face ao apelo para a regularização da situação dos migrantes agravou o cenário em que se vivia durante o último mês. “Fecharam as portas da igreja e não permitem que nenhum tipo de auxílio entre. Estão a usar as suas vidas e os seus corpos porque é tudo o que lhes resta nesta luta desigual”, referiu Marisa Matias.
"A maior parte deles está há mais de dez anos na Bélgica e continua sem papéis, embora muitos trabalhem em repartições e serviços públicos do mesmo Estado que lhes recusa os documentos", explicou a eurodeputada.
Este é apenas um dos três locais onde em Bruxelas mais de 500 pessoas estão dispostas a morrer pelo seu direito fundamental a um documento.
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