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No passado Sábado 26 do corrente, o Restaurante Fátima Amorim foi o local escolhido para apresentação do mais recente produto regional produzido na Correlhã: sidra de mirtilo, que reuniu dúzia e meia de apreciadores, entre eles membros do Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, e o novo parceiro, o fadista amador, Henrique Margarido.
Participaram no evento, entre outros, o antigo eurodeputado de Segurança Alimentar e Saúde Pública, José Inácio Faria, assessor jurídico na Câmara de Lisboa; o jornalista no Comité Económico e Social – CESE – António Fernandes, proveniente de Bruxelas; a presidente da Junta de Freguesia local, Fátima Oliveira e os anfitriões do espaço comercial, família Amorim.
No foyer do restaurante, registemos, uma decoração alusiva ao tema do encontro, da responsabilidade da autarquia local e Rusga Típica da localidade.
Aberta a sessão pelo signatário, todos harmonizaram a sidra com outras iguarias limianas: o presunto, paio do lombo e chouriça de carne, da Minho Fumeiro; o Folar Limiano, do Chef Vítor Lima, com seu valioso recheio de enchidos variados na massa brioche, e o Pão de Ló da Havaneza, a mais antiga confeitaria do concelho.
Os restantes oradores elogiaram e agradeceram a existência de mais um sabor da nossa terra, iniciativa do empresário da terra, Vítor Rodrigues, antigo aluno da Escola Superior Agrária em Refóios de Lima, e desde há alguns anos também produtor da cerveja artesanal 1163.
Após os entreténs de entrada, seguiu-se um mui divinal Rei Sarrabulho à moda de Ponte de Lima, molhado com branco loureiro Vila Antiga, do produtor João Lima, da Correlhã, e o tinto vinhão Carcaveira Velha, da Casa da Cuca, Moreira de Lima. Seguiram-se intervenções dos convidados de longe, para elencar outras apresentações ou mostras enogastronómicas na Europa, suspensas há meses pelo tempo de Covid – 19 que todos vivemos, oriundas do Alto e Baixo Minho. A fechar, além do recomendado leite creme, outra novidade: um bolo semifrio confecionado também pela Casa do Folar Limiano, á base de sidra de mirtilo, chocolate negro e limão.
Quanto á Sidra em Ponte de Lima, geralmente apenas de maçã, vem de longa data a sua protecção municipal como produto agrícola, pois já no Orçamento de 1892 era um imposto indirecto cobrado a 7,5 réis o litro, face ao vinho maduro com taxa a 45 réis.