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Estudiosos, interessados e divulgadores do nosso Passado, através de publicações isoladas ou de razão académica, três amigos ausentes em parte do ano no estrangeiro e arredores de Lisboa, resolveram agendar uma semana de férias pelo Minho.
É um regresso, depois de em Agosto do ano findo terem participado na homenagem realizada pelo Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, ao benemérito, republicano e capitalista António Mimoso (1881-1953), na sua Casa Grande de Sá, agora epicentro das excursões históricas, onde a genealogia e heráldica estão aliadas á gastronomia.
O de mais longe aterrou ontem no Porto, proveniente de Roma! Tomás Pinto Bravo frequenta o Mestrado em História da Igreja, na Pontifícia Universidade Gregoriana e é membro do Centro de Investigação Doutor J. Veríssimo Serrão, da Nova de Lisboa, tendo coordenado a preciosa colectânea de meio milhar de páginas da obra - Vultos Tavirenses Dignos de Memória – sua terra natal.
Outro investigador, também residente no exterior (Londres) durante algumas temporadas, é Miguel Ayres de Campos –Tovar – o anfitrião e organizador do programa regional. O criterioso bibliófilo, genealogista e heraldista com um estudo em mãos das Pedras d´Armas do Concelho de Ponte de Lima, em parceria com outro sabedor dessas matérias, Guilherme de Vasconcelos, (de Arcos de Valdevez mas com raízes limianas), depois do Mestrado em Oxford, concluiu Doutoramento em História da Arte, variante de Estudos Medievais e Bizantinos, pela universidade da capital inglesa, onde também se ocupa da gestão de colecções privadas, além de membro do ARTIS (Centro de Investigação da Faculdade de Letras de Lisboa), colaborador da revista Ponte de Lima Passado e Futuro, do Boletim da Misericórdia local e do da Braga. Em Braga, juntou-se ontem, outro ilustre forasteiro: Gonçalo Palmeira, Mestrando em História Medieval pela Universidade Nova de Lisboa e membro do Instituto Português de Heráldica; as pesquisas para a sua tese incidem sobre sociedade e economia no Cávado e Minho Século XIII. Mas, o que une o quarteto são deambulações históricas, e também a gastronomia, afincadamente nacional. Daí que, a agenda duma semana no Minho, reparte-se por visitas aos solares de Barcelos (Torre de Fralães e Faial); Arcos de Valdevez (Torres de Aguiã, Giela e Tóra); Ponte de Lima (Mosteiro das Donas, Caldelas em Calheiros, Bertiandos, e arquivo de Sá), e centro histórico de Viana do Castelo; pelos ares da montanha, estão elencadas deslocações a S. João de Arga, S. Lourenço da Montaria, Labruja. A intercalar a programação cultural, avulta a gastronómica com cardápios de lampreia, bacalhau de cebolada, cozido á portuguesa e pica no chão. A tertúlia vinícola escolhida, foi na Cuca, em Moreira de Lima, com esse Loureiro premiado de ouro em 2017 acompanhado de sabores da merenda do lavrador no vale de Estorãos.
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