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Apesar da chuva, algumas abertas proporcionaram ontem cumprir o programa de evocação do poeta, diplomata e gastrónomo António Feijó (1859 – 1917), e sua amizade com Eça de Queirós (1845 – 1900), numa organização do Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, em colaboração com a Câmara Municipal e Adega Cooperativa local.
Pelas 12,00 h na Confeitaria Havaneza (Café Camões até 1914), frequentado por António Feijó em tempos de juventude e férias, juntaram-se três dezenas de familiares, amigos e admiradores da sua obra. Entre os presentes, salientamos, o vereador da Educação, Paulo Sousa; os Presidentes da Junta da Correlhã (berço dos Feijós, a Casa da Anta), Fátima Oliveira; o da Assembleia Freguesia de Ponte de Lima, António Sousa; o da Adril (Associação Desenvolvimento Integrado do Lima), Francisco Calheiros; o Director do Agrupamento de Escolas António Feijó, José António Silva; e, residentes no estrangeiro, como o jornalista António Fernandes, do Comité Económico e Social Europeu em Bruxelas; o músico Joel Vaz, conterrâneo, mas agora segundo oboé da Orquestra Sinfónica de Gotembrugo, Suécia, e Chefs de Cozinha, como João Pedro Coelho, em mensagem (impedido por falta de voo pelo Covid 19), do melhor restaurante do mundo, o Hotel de Ville, em Crissier, Lausanne, Suíça e da Áustria, Thomas Egger, green chef estabelecido em Tabuaço, Douro, mas com actividade alargada à Alemanha, Bélgica e Hungria, pois é dos melhores embaixadores da gastronomia lusitana, que todos presenteou com o seu azeite biológico(Portugal Elements) .
O signatário abriu o evento, recordando da leitura efectuada de mil cartas conhecidas e publicadas de António Feijó como diplomata (1891 – 1917), no Brasil, Suécia, Dinamarca e Noruega, a promoção realizada de produtos enogastronómicos enviados de Ponte de Lima: vinho verde, salmão, lampreia, tudo “saudades (…) da nossa formidável cozinha”. Seguiu-se a deposição de um ramo de flores no monumento ao poeta, por parte do município e sobrinha – bisneta do homenageado, D. Maria José Feijó.
Tudo terminou com um almoço, restrito, em virtude da pandemia vigente, com eleição do Bacalhau de Cebolada de D. Fátima Amorim (Correlhã), o prato – rei de Feijó e Eça de Queirós, por exemplo no extinto Hotel Espanhol na Rua da Prata (Lisboa), o qual também integra o cardápio de outros colegas: Casa de S. Sebastião, A Carvalheira, Cozinha Velha, Fátima Amorim, Sabores do Lima e Sonho do Capitão; nas entradas do convívio, pontificaram a alheira de galo, grelhada com grelos, chouriça de carne e paio do lombo, da MinhoFumeiro; o teste da Pizza de bacalhau do pizzaolo Orlando (Fofinho), muito apreciada; a Bola de 4 queijos de Chef Paulo Amorim e sua tábua desses lacticínios, e para regar tudo, os loureiros da Adega local e da Casa da Cuca (Moreira de Lima), que para empurrar o Pão de Ló e Bolo Rei da Havaneza, além da Maravilha do Lima (novo doce típico de Ponte de Lima), da Doce Encontro, necessitou do espumante de Verde, também da Cooperativa.