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A chegada à Vila fez-se sem problemas, mas a dimensão do evento só começou a tornar-se perceptível pelo número de carros a circular encaminhados para os parques e pelas pessoas que estavam calmamente a chegar, apesar do recinto ter aberto às 17h.
27 de Agosto, a última noite do festival prometia boa música.
O recinto do festival chegou a acolher naquele último dia do festival mais de 22 mil pessoas, apesar da itinerância constante entre o recinto e as zonas envolventes.
Os nomes que aqueceram aquela noite foram os nomes maiores da música como Iggy Pop e Bauhaus, mas também os portugueses The Mirandas, Blind Zero e The Legendary Tigerman, que se revelaram uma boa surpresa ao vivo.
Iggy Pop depois de ter ido tomar um banho ao mar para relaxar, entrou em palco com toda a energia imprópria dos 75. Aguentou cantar apenas uma música com o casaco vestido. O resto do concerto seguiu em tronco nu mostrando sem complexos as suas marcas de guerra e até o coxear resultado de um tornozelo mal curado. Iggy Pop atirou mimos ao público e cantou para esconjurar toda a loucura que pairava sobre o palco. Cabelo escorrido louro, olhos azuis, mostrou-se provocador para um público que despertou de vez e lembrou que só assim a vida tem sentido.<
Assim que terminou a actuação de Iggy Pop e para dar ainda mais ênfase à actuação de Bauhaus e um renovado Peter Murphy, começou a cair uma neblina a condizer com o cenário criado a preto e branco para as actuações da banda inglesa. De bastão na mão, cabeça rapada e barba afiada, Peter Murphy encenou a saída do caixão para cantar um mundo a preto e branco. Estiveram bem todos os elementos da banda pioneira do rock gótico e de homenagem à escola de arte perseguida pelos nazis com o mesmo nome.
O evento registou a presença de mais de 60 mil festivaleiros de várias gerações nos três dias.