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Os sindicatos afiliados à UGT pedem aumentos de 6%, mas as contrapropostas dos bancos foram de apenas 2% a 3%. Os bancários acusam os bancos de oferecerem valores «vergonhosos» considerando os lucros recordes do sector no ano anterior e afirmam que é necessário pressionar os banqueiros para que contribuam para a valorização dos salários dos trabalhadores.
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9 de Fevereiro de 2024, por João Pires
Pressionar os banqueiros
Foi na passada quinta-feira (8 de Fevereiro), que os bancários se manifestaram em Lisboa em frente à sede da Associação Portuguesa de Bancos (APB) para reivindicar aumentos salariais de 6%, progressão e reconhecimento das carreiras.
Os bancários estão em desacordo com as propostas «vergonhosas» dos bancos
Concentraram-se em Lisboa para exigir aumentos salariais justos numa manifestação contra as propostas consideradas «vergonhosas» dos bancos. Acusam os bancos de oferecerem valores «vergonhosos» considerando os lucros recordes do sector no ano anterior e afirmam que é necessário pressionar os banqueiros para que contribuam para a valorização dos salários dos trabalhadores. A concentração desta quinta-feira foi organizada pelos sindicatos bancários da UGT - Mais, SBC e SBN - e contou com cerca de 300 manifestantes e teve o apoio dos sindicatos dos bancários de Espanha, numa acção conjunta para sensibilizar os accionistas e administradores dos bancos para a importância de um «justo» aumento salarial.
Os sindicatos afiliados à UGT pedem aumentos de 6%, mas até agora as contrapropostas dos bancos foram de apenas 2% e 3%. Os bancos estão a negociar com base na perspectiva de inflação de 2024, o que os sindicatos consideram inaceitável devido ao aumento do custo de vida e aos lucros recorde que os bancos tiveram no ano anterior.
Os bancários acusaram os bancos de proporem aumentos «vergonhosos» após terem registado lucros recorde, e pediram que os lucros fossem tema de campanha nas eleições legislativas de Março.
Os bancários estão a perder poder de compra
Os sindicatos argumentam que os bancários estão a perder poder de compra e que os aumentos salariais propostos pelos bancos não reflectem a realidade do sector. Exigem respeito e justiça no ambiente de trabalho e afirmam que é necessário pressionar os banqueiros para que contribuam para a valorização dos salários dos trabalhadores.
«Banqueiros: milhões; bancários: tostões»
Os bancários em protesto afirmaram que é insustentável manter a paz social se os bancos não corresponderem com aquilo que deve ser a remuneração dos trabalhadores. Manifestaram-se com cartazes que referiam a discrepância entre os milhões obtidos pelos bancos e os «tostões» oferecidos aos bancários.
A manifestação em Lisboa foi concertada com os sindicatos dos bancários de Espanha, que se prounciaram em Madrid no mesmo dia. A UGT pede aumentos salariais dignos, progressões automáticas e reconhecimento das carreiras dos bancários.
Contribuição dos trabalhadores para os lucros do sector
Os sindicatos bancários esperam que os bancos reconsiderem as suas propostas e reconheçam a contribuição dos trabalhadores para os lucros do sector. A manifestação é um alerta para a necessidade de uma redistribuição justa dos lucros e de um maior respeito pelos trabalhadores no sector bancário.
Palavras-chave: Aumentos salariais justos, Manifestação, Bancários, Lisboa, Sindicalismo, Negociação coletiva, Lucros recordes, Pressão sobre banqueiros, Valorização dos salários, Poder de compra, Desigualdade salarial, Paz social, Campanha eleitoral, Remuneração digna, Reconhecimento profissional, Redistribuição de lucros.