May 2, 2025

Montenegro esta condenado…

Mar 29, 2024 Hits:2409 Opinião

IMPORTANTE: COMEÇAR BEM

Mar 26, 2024 Hits:1608 Opinião

PÁSCOA DE BENEVOLÊNCIA…

Mar 25, 2024 Hits:1610 Crónicas

Pai. Funções Benéficas…

Mar 19, 2024 Hits:1463 Crónicas

SECÇÃO DO PSD-BRUXELAS …

Mar 18, 2024 Hits:2497 Opinião

Touradas: prática cultur…

Mar 16, 2024 Hits:1820 Opinião

Chega Triunfa no Algarve:…

Mar 12, 2024 Hits:3791 Opinião

Crónicas de uma Portugue…

Mar 11, 2024 Hits:2225 Crónicas

NOITE ELEITORAL E A CONFU…

Mar 11, 2024 Hits:1454 Opinião

A mudança está nas mão…

Mar 08, 2024 Hits:1455 Opinião

Mulher, a seiva da vida

Mar 05, 2024 Hits:1041 Crónicas

AUMENTO DE PENAS DE PRIS…

Mar 04, 2024 Hits:1304 Opinião

Delenda Moscua

Mar 04, 2024 Hits:1287 Opinião

PROMESSAS ELEITORAIS

Mar 01, 2024 Hits:1556 Opinião

CANDIDATOS DO PS NA FEIRA…

Feb 29, 2024 Hits:2452 Opinião

Onde estava no dia 25 de Abril de 1974?

Direito de resposta, Carta Aberta ao Conselho das Comunidades Portuguesas



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


Segue em anexo uma carta aberta em resposta às declarações do Sr. Conselheiro Pedro Rupio, com conhecimento a alguns órgãos de Comunicação Social das Comunidades.

Exmo. Sr. Presidente da Comissão Permanente do CCP,

Exmos. Senhores Conselheiros do CCP,

Escrevo esta carta aberta ao Conselho das Comunidades Portuguesas e aos seus conselheiros para responder a um conjunto de considerações que considero infelizes do Sr. Conselheiro do CCP Pedro Rupio a propósito de um artigo que escrevi no jornal Público sobre o Ensino de Português no Estrangeiro, já que foi nesta qualidade que ele as difundiu publicamente para o CCP, para a imprensa e para outros endereços em geral. Se posso ser atacado por um conselheiro de forma ofensiva à minha reputação, também tenho o direito de me defender.

Considero lamentável que o sr. Conselheiro das Comunidades tenha decidido atacar-me de forma pouco razoável, estando mais preocupado com o facto de eu ter “posto em causa a credibilidade e a boa fé de um professor universitário”, do que em ter insinuado que um Deputado da Assembleia da República “mentia e manipulava”, sem que eu alguma vez me referisse a ele e sem nunca ter dito no seu texto onde é que eu mentia e onde é que eu manipulava.

Mas o Sr. Conselheiro sentiu-se visado e decidiu responder de forma pouco abonatória para a sua condição de conselheiro das Comunidades, que além de ser um órgão de consulta do Governo é também um espaço onde a opinião de cada um é respeitada. Não me parece que este tipo de atitudes seja positiva para a imagem do Conselho das Comunidades Portuguesas, que não é um órgão de combate às políticas do Governo, mas sim de consulta com um papel muito importante junto das nossas comunidades e de ligação entre as autoridades locais e as instituições portuguesas.

Lamento, por isso, que o Sr. Conselheiro Pedro Rupio tenha perdido a razão e que isso o tenha impedido de ler adequadamente o meu texto publicado no jornal Público, certamente mais movido pela vontade de me atingir do que em respeitar a liberdade de opinião, por razões que só o Sr. Conselheiro poderá explicar.

Se tivesse lido bem o meu texto, onde eu apenas assumi uma posição em toda a liberdade e convicção, não teria tido a torpeza nem a sobranceria de insinuar mentira, manipulação ou desconhecimento da realidade do ensino. Manipulação haverá se calhar em relação a algumas pessoas que assinaram a petição às cegas só porque pede ensino para todos. Também eu quero um ensino para todos e um ensino cada vez melhor, mais exigente e mais adequado aos públicos-alvo, que permita a todos os que queiram aprender que tenham escolas e professores à altura das expetativas. É este esforço, de resto, que está a ser feito pelo atual Governo, mesmo que não seja da forma nem com a extensão que algumas pessoas gostariam.

De resto, é fácil confirmar que depois de um período muito difícil que houve durante a crise económica e financeira, que nos últimos anos tem havido um esforço para melhorar o ensino de Português no Estrangeiro, para que haja mais alunos e professores, melhores condições para os professores e a criação de novas modalidades de ensino. Foram também lançados estudos de investigação, como o que está em curso pelo Consórcio para a Língua Portuguesa, que pretende melhorar as condições pedagógicas para o ensino do Português enquanto língua materna e enquanto língua estrangeira.

É bom lembrar que foi o PSD/CDS que introduziu a propina e que cortou mais de 200 professores, 49 dos quais após o início do ano letivo, deixando mais de um milhar de alunos sem aulas. E, portanto, aquilo que o Sr. Conselheiro Pedro Rupio está a fazer ao englobar no período dos últimos 10 anos a destruição que houve durante os quatro da governação do PSD/CDS, quando era Primeiro Ministro Passos Coelho, é tão só branquear esse passado. E foi a essa destruição que me opus, como me opus à propina e continuo a ser contra ela, como de resto refiro no meu texto, mas que é deturpado na leitura do Sr. Conselheiro. Só não lê quem estiver toldado pela má fé e porque achará que todos têm de pensar à sua maneira. Não me recordo, porém, de o Sr. Conselheiro Pedro Rupio ter na altura da introdução da propina ter liderado alguma petição para que fosse eliminada.

Também digo que o ensino da Língua é estratégico e que nenhum governo se atreverá a pôr-lhe fim e que há cada vez mais jovens a querer aprender Português, como se comprova pelo número de alunos da rede EPE oficial e apoiada fornecidos pelas coordenações do ensino projetados para este ano, que revelam mais cerca de 1500 alunos do que no ano anterior. Além disso, poderia dar, pelo menos, o benefício da dúvida ao programa do Governo que assume que vai continuar a haver mais meios para que haja mais alunos a aprender Português. Algumas quebras em anos anteriores devem-se a fatores como a passagem dos cursos em alguns países para os sistemas de ensino locais, a entrada em vigor de um sistema de registo mais rigoroso e fiável e até uma diminuição dos fluxos migratórios nos últimos anos, como é o caso da Suíça, em que em 2018 se registaram mais 900 saídas do que entradas.

Quanto ao resto, creio que é importante considerar que a Língua, seja ela materna, de herança ou estrangeira, permite sempre alguma forma de vinculação ao país que a fala, que naturalmente será mais forte se forem jovens portugueses ou de origem portuguesa que a aprendem. Parece claro que o impacto da Língua na aprendizagem depende menos do conceito pedagógico utilizado para a sua transmissão do que quem aprende a língua, ou seja, um jovem português ou de origem portuguesa cria necessariamente um vínculo diferente e mais forte a Portugal do que cria um jovem de outra nacionalidade, mas que não deixa de ser importante para a afirmação da Língua enquanto Língua global. Isto não invalida, obviamente, que se procure sempre que o ensino melhore e seja mais exigente e adaptado ao público-alvo. Como também não se podem escamotear as dificuldades que existem devido ao facto de em diferentes países haver dificuldades específicas colocadas pelos respetivos governos e administrações escolares à implementação do Ensino de Português, gerando uma diversidade de modalidades de ensino em função das possibilidades, mas que mais vale assim do que nada ter.

É um despropósito sobranceiro que o Sr. Conselheiro afirme que eu sou dos que “desconhecem e desvalorizam a importância dos cursos de LCP para os filhos dos emigrantes”. Pelo contrário, valorizo a Língua portuguesa em todas as suas dimensões e modalidades, mas não fico preso a apenas uma, porque considero que a Língua Portuguesa é muito mais do que uma mera ferramenta de afirmação de patriotismo. É uma língua que veícula identidade, história e cultura. É uma Língua universal, pluricontinental, é uma língua para todos os que a queiram aprender, a começar, como é óbvio, pelos jovens portugueses e lusodescendentes. E é esta a sua maior riqueza, em que os métodos pedagógicos de transmissão da Língua não se incompatibilizam, antes se adaptam e complementam, pela qualidade da formação e dedicação dos professores, aos alunos que manifestam o seu interesse na nossa Língua comum, mais comum a cada vez mais falantes, felizmente, e não fechada sobre si própria.

Terminaria dizendo apenas ao Senhor Conselheiro Pedro Rupio que acho manifestamente deslocado e de má fé dizer que tenho preconceitos em relação à diáspora, eu que vivi na diáspora, precisamente na Bélgica e que desde sempre luto pelo seu reconhecimento e valorização, que estou permanentemente junto das nossas comunidades, e que tenho passado a vida precisamente a lutar contra os preconceitos que existem relativamente a elas. Aí, perdoará a imodéstia, mas posso assegurar que já fiz infinitamente mais do que alguma vez o Sr. Conselheiro fará para contribuir para acabar com os preconceitos que existem contra as comunidades portuguesas.

Com o maior respeito e consideração pelo CCP e pelos seus Conselheiros

Paulo Pisco

Deputado do Grupo Parlamentar do PS eleito pelo Círculo da Europa

 

Luso.eu - Jornal das comunidades
Redacção
Author: RedacçãoEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.


luso.eu Jornal Comunidades

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

We have 304 guests and no members online

EVENTOS ESTE MÊS

Mon Tue Wed Thu Fri Sat Sun
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

News Fotografia