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Os escritores António Lobo Antunes e João de Melo estão entre as figuras da cultura, artes, espetáculo e música que assinam um manifesto que circula desde sábado de apoio ao secretário-geral do PS nas eleições legislativas.
Este manifesto, que segundo o PS tem já mais de quatro centenas de subscritores, alguns dos quais também das áreas da ciência e do ensino superior, foi também recentemente assinado pelos escritores Casimiro de Brito, Cristina Carvalho, Helena Vasconcelos e Luísa Ducla Soares.
Entre os novos subscritores, acrescentam os socialistas, está o embaixador e antigo secretário de Estado Francisco Seixas da Costa, o ex-ministro da Cultura Luís Filipe Castro Mendes, e ilustrador e cartoonista Vasco Gargalo.
“Os subscritores deste manifesto sentem o dever moral, cívico e político de tomar uma posição pública, clara e responsável, sobre as eleições legislativas, nas quais vamos escolher uma nova Assembleia da República e um novo Governo. Fazemo-lo por considerarmos o momento que estamos a viver um momento cheio de riscos, mas também de oportunidades. Fazemo-lo em nome da nossa independência de juízo e assumindo plenamente as nossas convicções democráticas”, referem na introdução do manifesto.
Entre as figuras sem filiação partidária que apoiam António Costa, na área da música estão João Gil, Luís Represas, José Cid, Manuel João Vieira, Anne Victorino de Almeida ou Rui Vieira Nery.
No setor das artes e literatura destacam-se Joana Vasconcelos, Graça Morais, Ana Vidigal, Lídia Franco, Tiago Guedes, Richard Zimler, Lídia Jorge, Alice Vieira e Eduardo Pitta.
Manuela Machado e Sara Moreira (atletismo), Jorge Fonseca (judo), José Carrilho da Graça (arquiteto), Catarina Resende Oliveira (ciência), Vital Moreira (constitucionalista) ou Irene Flunser Pimentel (historiadora) são outros dos subscritores deste manifesto, no qual se salienta que as eleições legislativas se realizam “após a dissolução da Assembleia da República e para solucionar uma crise política que surgiu devido à não aprovação do Orçamento do Estado para 2022”.
Para este grupo de cidadãos independentes, a crise política aberta com o chumbo do Orçamento foi “desnecessária, dispensável e perigosa”, sobretudo porque ocorre em período de pandemia de covid-19
“Procuremos fazer das próximas eleições legislativas uma grande oportunidade para evitarmos que se repita o que agora sucedeu, gerando com o nosso voto soluções estáveis e duradouras, criando condições para enfrentar as dificuldades e fazer o que é urgente fazer, sem mais adiamentos ou perdas de tempo”, defendem.
Os subscritores do manifesto citam depois o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalando que é preciso “virar a página da crise e da pandemia”.
“Pensamos que, no atual quadro partidário e considerando as propostas programáticas existentes, o voto no PS e em António Costa é aquele que nos permite olhar o futuro com confiança democrática e esperança numa vida melhor. Num momento difícil e fundamental, precisamos de confiar num partido e num candidato a primeiro-ministro que saiba prosseguir o que foi bem feito, corrigir o que foi mal feito, fazer o que falta fazer”, acrescentam.