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Portugal vive o seu sétimo ano de socialismo liderado por António Costa. Durante estes anos temos assistido à narrativa, sempre bem difundida, das “Contas Certas”. Claro que é um estratégia bem usada por António Costa, aproveitando a falta de literacia económica e financeira da esmagadora maioria dos portugueses, para quem “Contas Certas” representam deficits do OE’s cada vez mais baixos. Quantos se dão ao trabalho de comparar os OE´s com a sua execução? Só no primeiro mandato de Costa de 2016/2019 a rubrica Formação Bruta de Capital Fixo (vulgo investimento público) teve um desvio para menos de mais de 6 mil milhões, grosso modo representando 3% do PIB, a que se junta a poupança com os encargos da Divida Pública graças ao Quantitative Easing, programa de apoio às Dividas Soberanas do BCE, bem como pela exigência do governo ao Banco de Portugal de aumento dos dividendos pagos ao Estado.
A tudo isso juntou não previstos, ganhos de conjuntura estimados em 13 mil milhões, resultantes de crescimento sobretudo importado, dado o bom momento que atravessavam as econonias europeia e mundial. Mesmo assim a Dívida Pública não parou de subir dos 235.746 de 2015 cresceu para 249.978 em 2019. Quase 250 mil milhões e não nos iludamos com mais uma narrativa do Costa que nos anos de crescimento da economia a apresenta em percentagem do PIB, que isso nada diz aos portugueses assumindo até descidas, bastando que o crescimento do PIB seja superior também em percentagem ao crescimento da Dívida Pública, resultando em descida em % do PIB mas simultaneamente em subida em valor absoluto como se tem visto.
Esta forma de fazer politica, foi dando para iludir os portugueses de que as “Contas Certas” eram um sucesso, mas o tempo esgotou-se e a narrativa cai por terrra, O SNS está em completa rutura, faltam médicos com a evidência do número de portugeses sem médico de familia ter passado dos 900 mil para 1,4 milhões em 6 anos, constantes encerramentos de urgências de várias especialidades, cerca de 110 mil alunos que não tiveram aulas a pelo menos uma disciplina até o encerramento de esquadras de polícia no Porto e em Lisboa por falta de efetivos. Ao mesmo tempo as estatisticas revelam uma descida da criminalidade. Mas não estão a fazer dos portugueses ingnorantes? Claro que a criminalidade baixa, porque se não há forças de segurança em número suficiente, obviamente os criminosos andam à solta e não entram nas estatisticas.
Nunca um novo governo e de maioria absoluta, apareceu aos olhos dos portugueses velho e desgastado como este, navegando à vista e reagindo em vez de agir, como prova a necessidade de fazer três conselhos de ministros numa mesma semana, como recentemente aconteceu.
Portugal e portugueses merecem mais, e para issso é preciso preparar a mudança de governo e de politicas, sem pressas mas com sentido de Estado e apresentando propostas para as pessoas e pelas pessoas.
Gaia, 25 Julho 2022
Rogério Pires