May 21, 2025

Montenegro esta condenado…

Mar 29, 2024 Hits:2453 Opinião

IMPORTANTE: COMEÇAR BEM

Mar 26, 2024 Hits:1689 Opinião

PÁSCOA DE BENEVOLÊNCIA…

Mar 25, 2024 Hits:1659 Crónicas

Pai. Funções Benéficas…

Mar 19, 2024 Hits:1487 Crónicas

SECÇÃO DO PSD-BRUXELAS …

Mar 18, 2024 Hits:2552 Opinião

Touradas: prática cultur…

Mar 16, 2024 Hits:1842 Opinião

Chega Triunfa no Algarve:…

Mar 12, 2024 Hits:3817 Opinião

Crónicas de uma Portugue…

Mar 11, 2024 Hits:2390 Crónicas

NOITE ELEITORAL E A CONFU…

Mar 11, 2024 Hits:1518 Opinião

A mudança está nas mão…

Mar 08, 2024 Hits:1487 Opinião

Mulher, a seiva da vida

Mar 05, 2024 Hits:1106 Crónicas

AUMENTO DE PENAS DE PRIS…

Mar 04, 2024 Hits:1321 Opinião

Delenda Moscua

Mar 04, 2024 Hits:1343 Opinião

PROMESSAS ELEITORAIS

Mar 01, 2024 Hits:1622 Opinião

CANDIDATOS DO PS NA FEIRA…

Feb 29, 2024 Hits:2479 Opinião

Onde estava no dia 25 de Abril de 1974?

Entre Luz e Escuridão. 2021: um ano de transição



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


2020 foi, no seu todo, um ano horribilis, que terminara com uma réstia de esperança num amanhã melhor. A chegada das primeiras vacinas no final de 2020 abriu uma nova fase na luta contra uma pandemia que parou o mundo durante vários meses e que obrigou a questionar, de certa forma, o nosso modelo de desenvolvimento.

Se este feito científico notável congrega em si o melhor do que somos capazes de realizar enquanto Humanidade quando coordenamos esforços, 2021 chegou para relembrar-nos que a linha que separa o nosso melhor do nosso pior é ténue e frágil.

2021 foi, de facto, um ano de transição, atípico e repleto de contradições. A eleição de Joe Biden para a liderança dos EUA devolveu alguma esperança na possibilidade de reatar um diálogo construtivo com a administração americana após quatro anos de desgoverno do inenarrável Trump. No entanto, o impensável assalto ao Capitólio, em janeiro de 2021, sob o falso argumento de manipulação dos resultados eleitorais, mostrou que a suposta maior democracia do mundo estava ferida nos seus valores mais profundos. O estrago que Trump e os seus grupos de apoiantes fanáticos, com a ajuda das redes sociais, fizeram à democracia americana levará muito mais tempo a sarar do que muitos inicialmente imaginaram.

Na frente do combate à pandemia, o esforço de coordenação e solidariedade depressa se transformou numa guerra geopolítica e protecionista entre os EUA, a UE, o Reino Unido e a Rússia. Depois da diplomacia das máscaras liderada pela China, o mundo esteve durante semanas a assistir a uma competição desenfreada pelas vacinas que colocou em cheque alguns dos valores morais que o ocidente tanto gosta de apregoar. Neste xadrez de tensões políticas, a Europa conseguiu, no entanto, e apesar de serem necessários mais esforços, liderar um compromisso de solidariedade, sendo hoje a maior doadora de vacinas no contexto do programa COVAX. 

A luta contra a pandemia, tal como já havia acontecido no assalto ao Capitólio, teve, também ela, de se confrontar com a manipulação de informação e partilha de teorias da conspiração em várias redes sociais, estimulando uma crescente desconfiança de uma parte da população nos efeitos positivos das vacinas. Ainda hoje continuamos a assistir a manifestações e tensões que colocam frente-a-frente vacinados e não-vacinados, comprometendo a paz social em muitos países.

Na frente internacional, as tensões com a Rússia continuaram a aprofundar-se, especialmente após o desvio do voo da Ryanair pelo governo fantoche da Bielorússia. De igual forma, as últimas declarações de Putin sobre a Ucrânia não deixam a comunidade internacional descansada. A recente tensão na fronteira entre a Polónia e a Bielorússia veio relembrar à UE da necessidade urgente de reforçar a sua componente de defesa, algo que deverá ser uma prioridade da Presidência francesa do Conselho da UE, a partir de janeiro de 2022, no seguimento da aprovação da Bússola Estratégica em matéria de Segurança e Defesa.

A retirada catastrófica das tropas americanas do Afeganistão pôs a nu, 20 anos depois, o fracasso de uma guerra perdida há muito e cujo propósito assentou em várias falácias. As terríveis imagens do aeroporto de Cabul, e do regresso dos Talibãs ao poder deixaram grande parte do mundo incrédulo, confirmando-se o já acelerado declínio americano e a consolidação de um mundo uni-multipolar.  

Também a Guerra entre Israel e o Hamas, que surgiu no seguimento de manifestação em apoio às famílias palestinas ameaçadas de despejo em favor de colonos judeus, veio acordar o mundo para um conflito que parecia já estar esquecido e que continua sem qualquer tipo de solução à vista...

No campo das lideranças políticas e para além da transição Trump-Biden, merece destaque o fim da era Merkel. Após 16 anos de poder, Merkel – um seguro de estabilidade no continente europeu –  deixa a chancelaria a Olaf Sholz, um social democrata que promete voltar a apostar no investimento público como forma de assegurar a tão necessária modernização da Alemanha em vários setores como os transportes, o digital e a transição climática. De Merkel, e para além da estabilidade (estagnação?) política, ficará sobretudo a memória da austeridade fanática imposta aos países do sul durante a crise financeira; o apoio indireto de anos, através do seu grupo político europeu do PPE, ao governo do iliberal Orban e a construção do polémico gasoduto NordStream 2 com a Rússia que coloca a UE toda numa posição delicada em momentos de confronto com os russos. Entre o seguimento de uma estratégia de realpolitik pura e dura e as inúmeras indecisões em dossiês determinantes não faço, como outros, um balanço positivo dos 16 anos de Merkel. Medíocre parece ser, a meu ver, a classificação mais fidedigna.

2022 perspetiva-se como um ano que poderá esclarecer – para o bem ou para o mal –  um conjunto de sinais contraditórios que 2021 veio lançar. Que gestão farão os governos da evolução da pandemia, que entrará no seu terceiro ano e transformar-se-á, possivelmente, numa fase endémica? Como se desenvolverão as tensões com a Rússia? Conseguirá Macron ser eleito para um segundo mandato e como ficará o panorama político francês que se vê confrontado, hoje, com dois candidatos de extrema direita e uma esquerda desorganizada e desnorteada? Será 2022 o ano de regresso de Lula à frente dos destinos do Brasil? Que iniciativas tomará a China face a Hong Kong e Taiwan? E em Portugal, conseguirá António Costa ser reeleito em janeiro de 2022? E caso volte a chefiar o governo português, com que maioria poderá governar?

O próximo ano reserva-nos um conjunto de momentos cruciais para o futuro de todos nós. Faço votos para que a luz possa vencer as trevas permitindo à Humanidade olhar para o futuro com entusiasmo, na perspetiva de construir um novo ciclo de prosperidade, de tolerância, de promoção da igualdade e estabilidade.

Aproveito para desejar a todos os leitores boas festas com votos de um próspero e menos turbulento 2022!

Luso.eu - Jornal das comunidades
André Costa
Author: André CostaEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.


luso.eu Jornal Comunidades

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

We have 491 guests and no members online

EVENTOS ESTE MÊS

Mon Tue Wed Thu Fri Sat Sun
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

News Fotografia