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Onde estava no dia 25 de Abril de 1974?

Pandemia da apatia



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Já vamos com quase um ano de pandemia e ainda assim há quem aguarde pelo milagre salvador do ego. Perdoe-me, caro leitor, mas quem é boa pessoa não ficou pior com a pandemia e, muito menos, quem era má pessoa também não mudou esse estado de miserável ausência de comiseração. Se calhar, até piorou! Admitamos: há pessoas boas e más no seu caráter e não é uma pandemia que muda isso (generalizando, claro)!

Quando fomos enclausurados, e bem, nas nossas casas, muitos pensaram que assistiríamos à maior demonstração de compaixão humana que alguma vez tínhamos assistido. Naturalmente, terão existido sim esses casos. Mas será que isto agora viraria um mundo cor de rosa só porque estamos a passar uma má fase? Não creio!

Passados alguns dias do início da quarentena, fui aconselhado por um grande amigo a ler “A Peste” de Albert Camus. A escolha não poderia ter sido a melhor e o timing mais acertado! Este autor absurdista, nesta sublime obra, consegue retratar o egoísmo displicente humano durante uma peste que ceifou inúmeras vidas. Mas espante-se com isto, ou não... a preocupação com o ser humano patente nos primeiros capítulos em que a entreajuda e compaixão eram constantes, esfumou-se no tempo até ao momento em que ver alguém morrer mesmo ao lado tornou-se uma trivialidade onde já não havia espaço para: pena, sofrimento, alívio... era uma apatia completa!

Tenho visto isto, sobretudo nestes últimos meses. Alunos importam-se menos com as notas porque já perceberam que os adultos vão facilitar: “foi um ano complicado”, justificam eles. Colegas de trabalho falham algum pormenor, e mesmo podendo ajudar de alguma forma, fazem “orelhas moucas” e fingem que não se passou nada já que a consequência não é para si. Faz-me recordar uma imagem em que três náufragos estão num barco salva-vidas a afundar, em que dois deles tentam tapar o buraco no casco, e o terceiro limita-se a cruzar os braços e a dizer: “não fui eu que fiz o buraco”. Dependemos muito mais uns dos outros do que aquilo que podemos imaginar, e as consequências acabam de alguma forma por nos afetar mesmo que seja indiretamente! A lista poderia continuar, mas pretendo que o leitor leia este texto até ao final.

A ideia principal é que vejo as pessoas cada vez mais centradas nos seus problemas e menos preocupadas com o próximo. Compreendo, pois, é necessário sobreviver. No entanto, a solidariedade (não só económica, mas sobretudo sentimental e efetiva) é importante. Não nos posts de Facebook. Na vida mesmo! No seu trabalho, em casa, no supermercado, etc. Um simples “bom dia” substituído por um olhar para o chão pode mudar o dia de alguém, ou pelo menos fazer essa pessoa sentir-se melhor alguns segundos. Já valeu a pena!

Sempre baseado em princípios estoicos, defendo que devemos procurar ser realisticamente positivistas. Ou seja, aceitar que muitas coisas que acontecem não fazem sentido algum, e que ainda assim podemos viver o melhor possível – sabendo que mesmo tendo uma vida saudável as “desgraças” também acontecem – procurando prolongar a qualidade e durabilidade das nossas vidas. Uns mais que outros, sofremos com esta pandemia. Mas se não fosse a pandemia seria outra coisa qualquer! Será isso justificação para perdermos a humanidade? Será isso motivo para voltarmos a comportamentos dignos da idade média? Olhe para o lado, deve haver alguém a necessitar de um abraço...

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Afonso Franco
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