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O Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, em parceria com a União Geral de Trabalhadores – UGT – e a embaixada de Portugal na Bélgica, organizaram mais uma evocação de portugueses ilustres. O evento teve lugar junto do busto do autor de Frei Luís de Sousa, no jardim dos Paços do Concelho de Saint Gilles, pequeno município da capital com mais de 46.000 habitantes, presidido pelo socialista Charles Picqué, cujo ícone de seu património cultural são edifícios art nouveau, destacando-se a antiga residência de Victor Horta, o principal arquitecto desse estilo.
Depois da reunião do CESE (Comité Económico e Social Europeu), a representação da UGT, participou na evocação do poeta e diplomata português na Bélgica (1834-36). Abriu a sessão Carlos Silva, Secretário – geral dos sindicalistas, que salientou as iniciativas “realizadas com Ponte de Lima, depois de Norton de Matos no verão, e Fernando Pessoa no dia da República, aqui em Bruxelas, e agora o grande Garrett, fundador do Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa”; o líder sindicalista fez – se acompanhar de seus adjuntos, Sérgio Monte e José Cordeiro, o Tesoureiro, Luís Costa e António Moreira, este Assistente em Bruxelas. O grupo completou-se com o embaixador de Portugal, Rui Tereno, que elogiou estas divulgações “após o poeta da Mensagem, recordamos hoje outro ilustre português, chegado á Bélgica ainda pequenina, quatro anos após a sua independência, neste monumento num emblemático bairro onde residem muitos portugueses, trabalho de Rodrigues Castro, de Viana do Castelo “.
Completavam a representação nacional, António Fernandes, do Departamento de Imprensa, Conferências e Protocolo do CESE: João Góis, funcionário municipal em Etterbeck, em representação do escultor, e os limianos Alberto Silva, Armando Melo, António Sousa e o autor. Tivemos a honra de encerrar as intervenções, salientando propostas e sugestões de Almeida Garrett (1799-1854) para Portugal, designadamente na área da educação e cultura, e a amizade com um Pontelimense, fundador da Biblioteca Pública de Braga há 180 anos; referimo-nos a Manuel Rodrigues da Silva Abreu (1793 – 1869), colega de Garrett no exílio em Londres, depois em Rennes (França) e em Coimbra, e finalmente como primeiro bibliotecário em Braga (1841), mercê de interferência do escritor junto do governo, reunindo livrarias de trinta conventos minhotos extintos. Ausente por funções no Parlamento Europeu, o intérprete de conferência em Bruxelas e Luxemburgo, Francisco Miguel Valada, legou seu testemunho escrito, o qual foi divulgado neste jornal electrónico (Garrett e Bruxelas por Francisco Miguel Valada).
No final, todos reuniram no Café – Restaurante Portugal, onde os aguardava um menú luso: arroz de feijão com fêveras grelhadas, tudo antecedido de iguarias de Ponte de Lima: alheiras de galo, presunto e chouriça de carne, da MinhoFumeiro, freguesia da Correlhã.