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Um projecto enoturístico com sustentabilidade da família Amorim, designadamente a produção de vinhos Loureio e Vinhão Cuca, continuam a ser referência no mercado nacional e internacional.
Depois da medalha de ouro atribuída em 2017 ao vencer a prova na Feira dos Vinhos Verdes e Produtos Regionais, e uma outra do mesmo cobiçado metal nas cidades do Vinho (Lagoa, Algarve), entre outras distinções, os empresários prosseguem seu trabalho.
Como parceiro do Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, o conceituado produtor de vinho verde tem colaborado com o grupo na harmonização desse néctar, designadamente enchidos e doces.
Para além de Angola, Canadá, França, Bélgica e Luxemburgo, onde o rótulo Cuca já é conhecido, mercê de algumas degustações e mesmo nomeação de importadores da marca, desta vez, o Loureiro de Moreira de Lima subiu à Europa do Norte!
A presença do produto limiano em Estocolmo integrou-se numa homenagem promovida pela embaixada de Portugal e associação de portugueses na capital – Lusitânia – presidida pelo cientista Duarte Martins Sacramento, Pós-Doutorado em Fisiologia Molecular e docente na Faculdade de Farmácia e Medicina do Instituto Karolinska da universidade local.
A casta de branco da sub-região do Lima foi escolhida para acompanhar o já afamado Bacalhau de Cebolada, tão ao gosto e apetite mais que centenário dos escritores António Feijó, que foi nosso diplomata na Escandinávia (1891-1917), portanto Dinamarca, Noruega e Suécia, e Eça de Queirós, aquando cônsul em Paris (1886-1900), de férias por Lisboa…
Na mesa, acompanhados com o fresquinho Cuca, os comensais ocupavam-se com o manjar do chef Paulo Santos, entre sucessivos elogios, mormente dos embaixadores de Portugal, Equador e Chile, e o aplauso aos organizadores: Duarte Sacramento e seus acólitos dirigentes: Pedro Preto e Gisela Campos.
Entretanto, no âmbito de estudos e pesquisas, a Cuca vai apresentar brevemente vinho da antiga casta – caínho de Moreira de Lima – outrora plantado na extinta Escola Prática de Agricultura de Ponte de Lima (1892-1909), do saudoso agrónomo e antepassado Manuel Rodrigues de Morais e outras propriedades. O coordenador do projecto, José Carlos Amorim, salientou tratar-se da “ recuperação duma monocasta autóctone “, que segundo um documento descoberto pelo investigador pontelimense Miguel Ayres de Campos, já em 1786 era cultivado na sua Casa Grande de Sá, e em 1900 registado pelo acima técnico agrário na sua Viticultura Prática Portuguesa, como “ alvarinho do Vale do Minho, que se não é a mesma casta que o caínho de Moreira do Lima, forma com este duas variações da mesma casta, o dourado e o loureiro”. A apresentação da espécie vitícola terá a colaboração da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, Cooperativa Agricultores Vale do Lima e município local.