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Na Casa Grande de Sá, Ponte de Lima, realizou-se mais uma tertúlia cultural, no âmbito de conversas, debates e actualidades culturais no concelho e região.
Aberta a cerimónia pelo anfitrião, o investigador limiano Miguel Ayres de Campos – Tovar, o tema central do encontro foi a digitalização de arquivos familiares limianos. Recorde-se, que esta missão cultural, sabiamente coordenada pela directora do arquivo municipal de Ponte de Lima, Cristiana Freitas, reúne já milhares de documentos desde o século XVI ao XX, principalmente dos solares ou casas de família: Paço de Calheiros, Paço de Vitorino, Fonte da Bouça, Lage, Grande de Sá, Pomarchão, Norton de Matos, entre outras.
Agora, a caminho da disponibilidade de consulta pública a partir dum clique, há um outro acervo de vivência de gerações, com cerca de 7000 documentos a caminho daquela unidade cultural do nosso município, soube-se na tertúlia de Sá.
Voltando ás tagarelices do grupo, salientemos a informação do genealogista arcuense Manuel Guilherme Vasconcelos, que com o coordenador da reunião cultural, referiu-se à fase final das fichas que elaboraram sobre 260 Pedras de Armas das freguesias pontelimenses, obra a editar pelo município.
João Lebre, da Casa dos Casais, em S. Martinho da Gândara, noticiou a descoberta recente de documentos decerto inéditos sobre seu antepassado Alexandre Luis Sousa Menezes (1720 – 1785), da Casa de Navais , Tenente de Dragões em Minas Gerais em 1740, nomeado governador de Santos, no estado brasileiro de S. Paulo em 1757, para completar o parágrafo da Genealogia Paulistana, de Silva Leme; podemos acrescentar nós, que esse fidalgo e militar era genro de Atanazio Cerqueira Brandão, capitão – mór de Pitangui, natural de Arcozelo, Ponte de Lima, abastado proprietário, fazendeiro e negociante de contratos de pedras preciosas na então colónia da América do Sul, e benfeitor da Misericórdia de sua terra natal.
A fechar a assembleia teve lugar a distribuição e referência ao contributo histórico resultante das pesquisas de Miguel Ayres de Campos sobre a fundação quinhentista (1555) da capela de S. Sebastião na Gândara, publicado no último Boletim da Santa Casa local, lançado o mês passado.