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O aparelho, modelo LX-RAY, aterrou no Aeroporto Ben Gurion de Telavive, de acordo com um programa que segue voos internacionais sem que tenha sido podido confirmar se Abramovich, dono do clube de futebol britânico Chelsea, viajou para Israel.
Abramovich encontra-se sujeito a sanções no Reino Unido, Canadá e outros países, tal como outros magnatas ("oligarcas") russos por causa das relações que mantêm com o presidente russo Vladimir Putin.
Hoje, a União Europeia anunciou que prevê aplicar sanções como parte das medidas coordenadas pelo G7 (Grupo dos sete países mais desenvolvidos) contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia.
Esta decisão chega depois da Premier League ter retirado no sábado a autorização ao dirigente do Chelsea e que se enquadra nas medidas de congelamento dos bens do magnata, pelo governo britânico.
A inclusão de Abramovich na nova lista de sanções coincide com a abertura de uma investigação em Portugal para comprovar se existem irregularidades na concessão da nacionalidade portuguesa, por alegar ser descendente de judeus sefarditas.
No sábado, o rabino do Porto, Daniel Litvak, foi detido pela Polícia Judiciária por alegadas ilegalidades na emissão de certificados de nacionalidade para judeus sefarditas, ficando a aguardar o desenvolvimento do processo com termo de identidade e residência.
Um dos casos de atribuição de nacionalidade portuguesa relaciona-se com o oligarca russo Roman Abramovich que se tornou no ano passado cidadão português ao abrigo da Lei da Nacionalidade para os judeus sefarditas.
A possível presença do magnata russo em Israel faz aumentar a polémica que surgiu na sequência de notícias publicadas no país sobre a presença em território israelita de "oligarcas" russos de origem judaica.
Até ao momento, Israel não aplicou sanções contra a Rússia, com quem mantém uma "postura equilibrada" devido à aliança para a segurança no Médio Oriente, sendo que vários multimilionários judeus ligados ao Kremlin têm há vários anos documentos de viagem israelitas.
Abramovich, cidadão de Israel desde 2018, é neste momento a segunda pessoa mais rica daquele país.
Dois dias antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, o magnata fez uma doação milionária ao Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem) mas a instituição decidiu renunciar o dinheiro e anunciou duas semanas depois da invasão que cortava relações com Abramovich.
Os Estados Unidos instaram recentemente Israel a juntar-se aos países que avançaram com sanções contra a Rússia e os magnatas ligados ao regime de Vladimir Putin.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, disse que o país "não vai servir de via para iludir as sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos e outros países ocidentais".
Lapid acrescentou que os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Economia e Energia estão a rever o assunto junto do Banco de Israel e a Autoridade Aeroportuária.