Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
O município de Ponte de Lima através do seu Presidente eleito, Vasco Ferraz, o reeleito da Junta de Freguesia de S. Pedro de Arcos, Custódio Fernandes e o Pároco, Padre José Luis Ribeiro, vão unir esforços para recuperar a tampa de sarcófago medieval de que temos dado notícia neste jornal electrónico.
Assim, após um encontro no adro da paróquia, deslocamo-nos ao local onde se encontra a tampa da arca sepulcral, peça com cerca de 800 anos, acompanhado ainda pelo Presidente da Assembleia de Freguesia de Ponte de Lima, António Sousa, e o investigador Miguel Ayres de Campos, que secundado pelo arcuense Manuel Guilherme Vasconcelos, com tronco ancestral em Ponte de Lima, têm visitado as 39 freguesias num inventário de pedras de armas para posterior publicação em livro.
Assim, após explicações do douto entendido em arte medieval, com residência no Reino Unido e parte do ano em Sá, Ponte de Lima, as entidades vão iniciar contactos para a preservação da peça funerária.
Na ocasião, Miguel Ayres de Campos, sublinhou a importância de divulgar a cobertura do sarcófago dum tal (?) Cavaleiro da Ordem de Avis, semelhante a outras existentes na capela da Comenda de Távora, Arcos de Valdevez, ou a já mencionada no templo românico de Santa Eulália, Refóios de Lima. Ainda no entender do especialista doutorado na área em Londres, a de S. Pedro de Arcos é de maior raridade na região, e quiçá o único testemunho do primitivo templo de S. Pedro de Arcos, para além de cachorros ou mísulas (motivos ornamentais na construção) e de suporte de beirais de telhado.
Na tertúlia cultural, foi ainda sabido que a tampa da arca tumular do nobre, servia ainda em 1962 de soleira da porta lateral da Igreja, sendo assim posteriormente arredada para um depósito de pedraria após realização de obras na estrutura do monumento.
O processo para “salvar” a pedra seguirá agora seus trâmites oficiais através da Junta de S. Pedro de Arcos. O local sugerido na reunião com as entidades locais para a exposição pública da peça histórica, será o adro da freguesia.
Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades