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Em tempo de Covid-19, muitos têm sido dos jornalistas a recordar a Célebre Gripe Espanhola ou Pneumónica que assolou o mundo há cem anos. Essa pandemia do tempo de nossos bisavós é ainda hoje evocada por alguns conterrâneos, tradição ouvida a seus pais e avós pelo que resolvemos abrir um caderno de nossos apontamentos sobre o tema.
A pneumónica foi uma das maiores tragédias da história da humanidade, pois infectou 500 milhões de pessoas, ou seja ¼ da população mundial daquele tempo! A doença foi detectada em Janeiro de 1918 e só extinta em Dezembro de 1920.
Em Ponte de Lima, entre as vítimas, ou melhor seus descendentes, é de recordar o Presidente da República do Brasil, Francisco de Paula Rodrigues Alves, cujos pais eram da freguesia da Correlhã, junto da sede do concelho.
O estadista tinha a posse marcada da recandidatura para 15 de Novembro de 1918, mas tal não aconteceu, pois estava em quarentena, vindo a falecer em Janeiro de 1919.
O relatório mundial da gripe espanhola, registou há em anos 50 milhões de vítimas mortais, onde na tentativa de salvar vidas há um episódio na história de Ponte de Lima.
Com dificuldade de transporte dos doentes aos hospitais de Viana do Castelo, Braga ou Porto, era comum o benemérito proprietário do único automóvel existente na vila emprestá-lo aos Bombeiros Voluntários para cumprirem a sua missão. Referimo-nos ao BUICK de João Francisco Rodrigues de Morais, fundador do palacete Villa Moraes, hoje CIM (Comunidade Intermunicipal) do Minho – Lima, que tantas vezes na ânsia de evitar mortes ou permitir rápidos tratamentos nos hospitais de referência com o auxílio do (então) mais rápido quão único meio de transporte rodoviário existente. Esta e outras histórias, foi - nos relatada há anos pela saudosa neta do grande benfeitor local, D. Rosa Maria Morais Belfort Cerqueira, residente em Lisboa, tal como sua sobrinha D. Maria Emília Sena de Vasconcelos, de Viana do Castelo, o recordava.
Mas, além do texto, analisemos as fotos de imprensa daquele tempo, com alguns pormenores como o trajar, uso de máscaras, hospitais de campanha, enfim, um pouco daquilo que também hoje vivemos ou assistimos no dia a dia. Até quando ?
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