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É uma autodidacta, uma minhota, uma apaixonada da poesia e o seu nome é Fernanda Casanova. Nasceu faz 50 anos em S. Lourenço da Montaria, Viana do Castelo no seio de uma família humilde.
Expremir sentimentos e dar largas à imaginação são apenas duas das muitas razões que fazem dela uma apaixonada da poesia. Mensagens positivas e um olhar atento na nossa sociedade são revelados na poesia de Fernanda Casanova que afirma «só lê poesia quem a ama» e ela é poetisa não por opção, mas por gosto.
Não escreve com o objectivo de ser recompensada monetariamente e não tem queixas para editar os seus livros. Nanda Casanova dá-se a conhecer em entrevista …
Luso- Como classificaria nesta área?
Fernanda Casanova- Ser poeta não é por opção, é por gosto
A poesia não é para todos, só lê poesia quem a ama.
Não é a leitura mais procurada.
L- Quando escreve o que procura?
FC – Procuro passar para o leitor mensagens positivas, chamar atenção para os problemas do cotidiano. Os poemas são inspirados no nosso dia a dia e na nossa sociedade.
L- O amor ou desamor está sempre presente?
FC – Os meus poemas são de variados temas. Falam de amor, desamor, amizade, traição e de tudo um pouco.
L- A natureza também é um tema que a cativa?
FC- É no meio da natureza e do mar que eu me inspiro.
A paz e a calma fazem com que liberte as minhas emoções e me entregue à poesia de corpo e alma.
L- E o ser humano? E porquê?
FC- O ser humano está sempre presente nos meus poemas. Falar do ser humano é falar de mim e da minha essência. Tento mostrar à sociedade o lado bom e o negativo do ser humano, como uma chamada de atenção.
L- Quando decide publicar em livro o que escreve como delinea o seu percurso?
FC- Para publicar em livro o que escrevo, selecciono
Os poemas que mais gosto e se enquadram no tema escolhido.
A parte gráfica é a editora que faz.
L- Foi uma luta conseguir publicar um livro?
FC- Não tenho razão de queixa… Trabalho com as edições que me deram todo o apoio que precisava.
L- E compensou?
FC- Não escrevo nem publico a pensar em ser recompensada. Faço-o por gosto.
Sinto necessidade de exprimir o que me vai na alma. E compensa sempre … o apoio e o carinho dos amigos e família fizeram com que me sentisse realizada.
L- E o futuro que nos reserva?
FC- O futuro é incerto, mas se correr como desejo tenho previsto editar mais três livros do conjunto de quatro .
L- E sonho, existe? Qual?
FC- O sonho existe e pedra a pedra vai-se construindo. Cada livro publicado é um pilar erguido.
L- Qual o seu poema preferido? E poderia nos transcrever?
FC- Gosto todos porque são escritos com sentimento…mas deixo aqui um que me identifica.
“ Sou um livro"
Eu sou um livro aberto
Para quem gosta de me ler
Sou de simples leitura
Fácil de compreender
Relato retalhos da vida
Por mim e pelos outros vivida
Nós somos como grãos de areia
Viajando numa aventura destemida
Onde somos postos à prova
Todos os dias da nossa vida
Com novos e duros desafios
Aos quais temos que dar saída
Eu tento fazer o meu melhor
Dando voz à minha consciência
Procuro dar bons conselhos
Baseada na minha experiência
Não sou melhor que ninguém
Faço o que todos podem fazer
Dou o meu lado bom a conhecer
E não à violência eu quero dizer
Se muitos grãos de areia
Se juntarem a mim
Vamos conseguir fazer ouvir
Nossa mensagem até ao fim